Crédito intercalar: como sinalizar uma casa em construção

O crédito intercalar surge como uma solução para quem deseja reservar uma casa em construção, mas ainda não possui a entrada total necessária. Este tipo de financiamento é especialmente útil para compradores que aguardam a aprovação do crédito habitação e não querem perder uma oportunidade de negócio.

O crédito intercalar, também conhecido como crédito de sinal, destina-se a cobrir o valor da entrada de imóveis em construção, permitindo que os compradores garantam a sua futura habitação. Este financiamento é uma opção de curto prazo, que não exige hipoteca, uma vez que o imóvel ainda não está concluído. Normalmente, o crédito intercalar cobre até 25% do valor total do imóvel. Contudo, é aconselhável que o comprador tenha cerca de 40% do valor disponível para a entrada, o que nem sempre é viável.

Este tipo de crédito é particularmente vantajoso para jovens compradores, famílias em transição ou investidores que identificam boas oportunidades no mercado. No entanto, a ausência de garantias hipotecárias aumenta o risco para os bancos, resultando frequentemente em taxas de juro mais elevadas e exigências de garantias adicionais.

As condições para obter um crédito intercalar incluem a assinatura de um Contrato-Promessa de Compra e Venda (CPCV) e a apresentação de documentos da obra ou imóvel em construção. Além disso, é fundamental ter uma capacidade financeira estável e um controlo rigoroso da taxa de esforço. Durante o período do crédito intercalar, que pode chegar até 24 meses, o cliente paga apenas os juros, o que reduz a prestação mensal.

É importante considerar as vantagens e desvantagens do crédito intercalar. Entre as vantagens, destaca-se a possibilidade de reservar o imóvel sem ter a entrada total, bem como o financiamento de até 25% do valor do imóvel. Por outro lado, as desvantagens incluem taxas de juro mais elevadas e a necessidade de suportar juros mensais sem amortização de capital, o que pode resultar numa última prestação mais elevada.

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Os documentos necessários para solicitar um crédito intercalar incluem, além do CPCV, a planta e o mapa de acabamentos da obra, a licença de construção e a certidão predial do imóvel. O banco poderá também exigir garantias adicionais, como um fiador, dependendo do perfil do cliente.

Os custos associados ao crédito intercalar variam conforme a instituição financeira, mas incluem comissões de abertura, avaliação do imóvel e custos administrativos. Além disso, é importante ter em conta o imposto do selo, que incide sobre o valor do crédito.

Após o período intercalar, o montante em dívida é integrado no crédito habitação final. É crucial planear esta transição com atenção para evitar surpresas no orçamento familiar. As condições do crédito habitacional podem variar significativamente, dependendo do valor do crédito intercalar e das negociações realizadas.

O crédito intercalar pode ser uma opção valiosa para quem deseja adquirir uma casa nova, mas deve ser analisado com cautela. É essencial comparar propostas, solicitar simulações e avaliar todos os custos associados a este tipo de financiamento.

Leia também: Cuidados a ter com o CPCV.

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Fonte: Doutor Finanças

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