No segundo volume de provérbios sobre riqueza, exploramos as reflexões do conselheiro Rodrigues de Bastos, que publicou uma coleção de pensamentos e máximas. Muitas destas frases são originais e oferecem uma visão profunda sobre a relação entre riqueza e moralidade, algumas com uma complexidade que as torna atemporais.
Um dos ditados mais elaborados do conselheiro diz: “Os poderosos e os ricos devem ser para os pequenos e para os pobres, como as serras e as montanhas, que dão abrigo aos vales, e os fertilizam com as águas que lhes enviam em sua opulência majestosa.” Este pensamento evoca uma responsabilidade social que continua a ser relevante nos dias de hoje.
Rodrigues de Bastos também nos brinda com máximas que refletem a realidade da acumulação de riqueza. Por exemplo: “Não se juntam riquezas senão com custo, não se possuem senão com inquietação, não se deixam senão com pesar.” Estas frases revelam que a busca pela riqueza pode ser uma fonte de ansiedade e preocupação.
Além disso, o autor alerta que “É mui raro que alguém se faça repentinamente rico, sem ofender a justiça.” Esta afirmação sugere que a riqueza muitas vezes está ligada a práticas éticas questionáveis. A visão de que “Ser rico é uma qualidade feliz; mas poucos ricos são felizes” ressoa com a ideia de que a felicidade não é garantida pela acumulação de bens.
Rodrigues de Bastos também destaca a importância da beneficência, afirmando que “A maior vantagem da riqueza é fornecer matéria à beneficência.” Este pensamento reflete uma crença de que a riqueza deve ser utilizada para ajudar os outros, uma ideia que ainda é discutida na atualidade. Ele sugere que “As nossas riquezas não passam deste para o outro mundo, senão levadas pela mão dos pobres”, enfatizando a necessidade de generosidade.
Por outro lado, o conselheiro apresenta uma visão crítica sobre a riqueza, afirmando que “Cresce a paixão das riquezas, à medida que as riquezas crescem.” Este pensamento leva-nos a questionar se a busca incessante por bens materiais realmente traz satisfação. Ele também menciona que “Nada há mais difícil de encontrar no mundo, que um rico digno de o ser”, sugerindo que a riqueza pode corromper.
Rodrigues de Bastos poderia ser um consultor valioso para qualquer governo, ao afirmar que “Muito pouco é necessário da parte dos governos para que cresça a riqueza dos Estados: segurança e liberdade.” Esta visão ainda é pertinente, pois a estabilidade política e económica é fundamental para o crescimento.
Por fim, o conselheiro deixa-nos com algumas advertências sobre a soberania da riqueza. “Boa é a fazenda [riqueza], quando não sobe à cabeça”, e “Não te exaltes com a riqueza, nem te abaixes com a pobreza” são lembretes de que a humildade deve prevalecer, independentemente da situação financeira.
Estes provérbios sobre riqueza de Rodrigues de Bastos continuam a oferecer lições valiosas que podemos aplicar nas nossas vidas. A sua sabedoria é um convite à reflexão sobre o que significa realmente ser rico. Leia também: Uma riqueza infindável de provérbios – vol.I.
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Fonte: Doutor Finanças