As energias renováveis em Portugal tiveram um desempenho notável, fornecendo mais de 70% da eletricidade até agosto deste ano. Este resultado é um reflexo de um ano chuvoso, que beneficiou a produção hidroelétrica, responsável por 30% da eletricidade gerada. A energia eólica seguiu com uma contribuição de 24%, enquanto a solar e a biomassa representaram 12% e 5%, respetivamente, de acordo com dados da Redes Energéticas Nacionais (REN).
A produção a partir de gás natural, por sua vez, abasteceu 14% do consumo total de eletricidade, com os restantes 15% a serem importados de Espanha. Este cenário demonstra a crescente dependência de Portugal em relação às energias renováveis, que estão a desempenhar um papel crucial na matriz energética do país.
O índice de produtibilidade hidroelétrica até agosto foi superior à média histórica, com um valor de 1,40. Em contraste, a produtibilidade eólica ficou ligeiramente abaixo da média, com 0,99, e a solar apresentou um desempenho ainda mais modesto, com 0,89. Estes números indicam que, apesar do crescimento das energias renováveis, ainda existem desafios a serem enfrentados, especialmente na produção solar e eólica.
Em agosto, o consumo de energia elétrica aumentou mais de 3%, impulsionado pelas temperaturas elevadas que se fizeram sentir. Entre janeiro e agosto, o crescimento foi superior a 2%. Contudo, as condições meteorológicas em agosto não favoreceram a produção de eletricidade a partir de fontes renováveis, resultando em índices inferiores aos valores médios. A produção fotovoltaica e eólica registou índices de 0,90 e 0,94, respetivamente, abaixo da média histórica de 1.
Este panorama evidencia a importância das energias renováveis na sustentabilidade do sistema elétrico português. À medida que o país avança na transição energética, é fundamental continuar a investir em tecnologias que aumentem a eficiência e a capacidade de produção de eletricidade a partir de fontes limpas.
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Fonte: Sapo
