O SIMA – Sindicato das Indústrias Metalúrgicas e Afins manifestou, esta segunda-feira, a sua indignação em relação aos serviços mínimos estabelecidos pelo Tribunal Arbitral para a greve da Menzies, que ocorrerá nos aeroportos entre 3 de setembro e 2 de janeiro. Segundo o sindicato, a decisão é um “máximo descaramento”, conforme expressado em comunicado.
O Tribunal Arbitral, ligado ao Conselho Económico e Social, determinou que a Menzies deve assegurar 100% dos serviços de assistência em escala para voos diários, além de 35% para outros destinos. O SIMA considera que esta imposição não se pode considerar como “serviços mínimos”, uma vez que obriga a manter cerca de 80% da operação normal, o que, segundo o sindicato, transforma a greve numa mera formalidade que protege a empresa e desrespeita os trabalhadores.
A decisão do tribunal foi aprovada por unanimidade e levanta preocupações sobre o impacto da greve, que se estenderá por quatro meses, incluindo períodos críticos como o Natal e o Ano Novo. O SIMA argumenta que esta situação representa uma violação dos direitos dos trabalhadores e uma afronta à Constituição da República Portuguesa. O sindicato vê esta medida como uma antecipação da nova lei da greve que o Governo de Luís Montenegro pretende implementar.
A greve, convocada pelo SIMA e pelo Sindicato dos Transportes (STA), abrange um total de 76 dias, com várias paralisações programadas entre 3 de setembro e 2 de janeiro. O SIMA já tinha realizado greves em julho e agosto, e a nova convocatória surge após a suspensão de paralisações previstas para o final de agosto, após contactos com o Ministério do Trabalho. A Menzies, por sua vez, afirmou que não houve qualquer acordo ou concessão que justificasse o cancelamento das greves anteriores, mantendo a sua posição inalterada até 2029.
As primeiras paralisações estão agendadas para o período de 3 a 9 de setembro, seguidas de novas greves entre 12 e 15 de setembro, 19 e 22 de setembro, e 26 e 28 de setembro. Em outubro, as greves continuarão com paralisações programadas em várias datas. O SIMA promete lutar pelos direitos dos trabalhadores, considerando a situação atual uma verdadeira batalha pela dignidade no trabalho.
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Fonte: ECO