Londres pode reconhecer Palestina se Israel não aceitar cessar-fogo

O Governo britânico reafirmou hoje a sua intenção de reconhecer a Palestina como um Estado durante a Assembleia-Geral da ONU, que se realiza no final de setembro, caso Israel não aceite um cessar-fogo em Gaza. O ministro dos Negócios Estrangeiros, David Lammy, sublinhou que a única solução viável é um cessar-fogo imediato, que inclua a libertação incondicional de todos os reféns retidos pelo Hamas, assim como uma melhoria na entrega de ajuda humanitária.

Lammy alertou que a continuação das operações militares em Gaza apenas irá prolongar e agravar a crise humanitária. “Juntamente com os nossos parceiros, exigimos a suspensão imediata desta operação”, afirmou o ministro, enfatizando que a intenção de Londres é reconhecer o Estado da Palestina, a menos que o Governo israelita tome medidas concretas para resolver a situação em Gaza e se comprometa com uma paz duradoura.

O ministro britânico justificou essa posição com a responsabilidade histórica do Reino Unido pela segurança na região. Para além do fim das hostilidades, Lammy destacou a necessidade de um sistema de monitorização do cessar-fogo, a dissolução do Hamas e a criação de uma nova estrutura governativa para Gaza que envolva a Autoridade Palestiniana.

Lammy também refutou a ideia de que o reconhecimento da Palestina possa recompensar o Hamas ou ameaçar a segurança de Israel. “O reconhecimento está enraizado no princípio de uma solução de dois Estados, que o Hamas rejeita. É importante deixar claro que qualquer Estado palestiniano deve ser desmilitarizado”, acrescentou.

O ministro britânico revelou que está a trabalhar intensamente para encontrar uma solução diplomática para o conflito em Gaza e anunciou um novo pacote de ajuda médica no valor de 15 milhões de libras (cerca de 17 milhões de euros). Além disso, confirmou que o Governo está a colaborar com a Organização Mundial da Saúde para acolher crianças que necessitam de tratamentos especializados, embora a sua saída de Gaza dependa de autorizações de Israel.

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A guerra em Gaza, que teve início com os ataques do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023, já causou cerca de 1.200 mortos e mais de 200 reféns. A retaliação israelita resultou em mais de 63 mil mortos e na destruição quase total das infraestruturas de Gaza, forçando a deslocação de centenas de milhares de pessoas. Israel também impôs um bloqueio à ajuda humanitária, levando a que mais de 300 pessoas, a maioria crianças, tenham morrido de desnutrição e fome.

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Fonte: Sapo

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