Maxyield considera preço da OPA da Martifer demasiado baixo

A Maxyield, uma associação que representa os pequenos acionistas, manifestou a sua preocupação em relação à Oferta Pública de Aquisição (OPA) da Visabeira sobre a Martifer. Em comunicado, a associação aguarda a divulgação do relatório do Conselho de Administração da Martifer, que deverá abordar as condições da OPA de forma detalhada, em respeito à boa fé e lealdade no mercado.

A Maxyield alerta que a transparência é fundamental e que o prospeto da OPA deve justificar o preço oferecido, assim como a equidade da contrapartida. A associação, liderada por Carlos Rodrigues, enfatiza a importância de proteger o valor fiduciário dos pequenos acionistas e investidores, um aspecto que deve ser considerado por todos os intervenientes para garantir a confiança no mercado de capitais português.

Além disso, a Maxyield sugere que a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) pode solicitar um auditor independente para determinar a contrapartida mínima da OPA. A associação acredita que a situação atual pode levar a uma revisão do preço da oferta, sendo expectável um aumento da contrapartida que a Visabeira pretende pagar pelas ações da Martifer, o que poderia facilitar o desenvolvimento da operação.

É importante destacar que a Maxyield não se opõe à OPA, considerando-a um evento legítimo e regulado pelo Código dos Valores Mobiliários. Contudo, a associação manifesta a sua oposição ao preço considerado baixo da oferta e promete tomar as medidas necessárias conforme a evolução do processo.

A I’M SGPS detém 48,09% da Martifer, enquanto a Mota-Engil controla 37,5%. A Visabeira Indústria SGPS pretende adquirir as ações que não estão nas mãos da Oferente, da I’M SGPS e da Mota-Engil, que estão ligadas por um acordo parassocial que abrange 85,5% do capital da Martifer. A OPA foi anunciada a 5 de agosto deste ano.

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O capital social da Martifer é composto por 100 milhões de ações com um valor nominal de 0,5 euros, e a empresa possui 2,2% em ações próprias, que não são contabilizadas para a aquisição. O preço da oferta é de 2,057 euros por ação, um valor que está em linha com a média ponderada das ações transacionadas nos seis meses anteriores ao anúncio da OPA. No entanto, a Maxyield sublinha que, devido à tendência de alta das ações, este preço está abaixo dos valores de fecho desde maio de 2025, o que torna a contrapartida não equitativa.

Além disso, a Martifer apresenta um desempenho económico e financeiro que, segundo a Maxyield, justifica um valor superior ao da oferta, evidenciando que a contrapartida proposta pelo Oferente não é justa.

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Fonte: Sapo

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