Portugal continua entre os países mais pobres da Europa

Portugal enfrenta uma realidade preocupante: continua a ser um dos países mais pobres da Europa, ocupando o quarto lugar em termos de desigualdade na União Europeia. Com rendimentos abaixo da média europeia, os portugueses pagam impostos e preços por bens essenciais como se vivessem em países nórdicos, enquanto os serviços públicos disponíveis são escassos e os privados muitas vezes inacessíveis.

Atualmente, mais de 2 milhões de pessoas em Portugal vivem em situação de pobreza ou exclusão social, conforme revelam diversos estudos e relatórios de organizações públicas. Este cenário tem-se mantido estável entre 2020 e 2024, levantando questões sobre as políticas implementadas pelos sucessivos governos para combater esta tendência. Em vez de promoverem soluções eficazes, muitos políticos parecem capitalizar os votos da população empobrecida, prometendo mudanças que nunca se concretizam. A afirmação de que “os portugueses estão piores, mas o país não” é um exemplo claro da desconexão entre a realidade vivida e a retórica política.

Atualmente, 20,1% da população portuguesa está em risco de pobreza ou exclusão social, com muitos a viver com rendimentos mensais inferiores a 600 euros. A pobreza em Portugal manifesta-se não apenas em termos monetários, mas também em privação material e social severa. A situação é ainda mais alarmante para as mulheres, com cerca de 978 mil a viverem na pobreza em 2024. O país enfrenta um fenómeno de “trabalhadores pobres”, onde muitos que têm emprego não conseguem garantir uma vida digna, com acesso a serviços essenciais como saúde e educação.

A situação da pobreza infantil também é preocupante, com as crianças e jovens a serem cada vez mais afetados. Em 2024, a pobreza entre os jovens ultrapassou a dos idosos, revelando que os baixos salários e a precariedade laboral dos pais são fatores determinantes. As prestações sociais, que deveriam ajudar a aliviar esta carga, são frequentemente insuficientes para garantir uma alimentação adequada, muito menos para evitar a exclusão social.

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Além disso, a precariedade laboral e a dificuldade de acesso à habitação agravam a situação, especialmente em famílias monoparentais ou com baixos níveis de escolaridade. Este ciclo de pobreza tende a perpetuar-se, afetando gerações futuras e aumentando a desigualdade em Portugal.

É importante notar que a ação social tem sido uma tábua de salvação para muitos, mas se não houvesse transferências sociais, a pobreza poderia disparar para 40,3%. A desigualdade na distribuição das prestações sociais, como pensões, também contribui para a assimetria entre Portugal e a média europeia.

Recentemente, as alterações ao código do trabalho introduzidas pelo governo levantaram preocupações adicionais. Estas mudanças, implementadas de forma discreta durante o período de férias, podem agravar ainda mais a situação da pobreza em Portugal, distraindo a população das verdadeiras dimensões da crise social que enfrentamos.

É urgente que se adotem políticas eficazes e um compromisso político sério para enfrentar a pobreza em Portugal. A mudança não pode esperar mais. Leia também: O impacto das políticas sociais na pobreza em Portugal.

pobreza em Portugal Nota: análise relacionada com pobreza em Portugal.

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Fonte: Sapo

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