As bolsas europeias começaram o mês de setembro em alta, refletindo um desempenho positivo que se estendeu desde agosto. O índice Stoxx 600, que serve como referência para o mercado europeu, registou um aumento de 0,7% em agosto, elevando a sua performance desde o início do ano para 8,4%. Apesar de ainda estar distante dos máximos anuais alcançados em março, os investidores estão otimistas.
Na segunda-feira, 1 de setembro, o Stoxx 600 subiu 0,23%, atingindo os 551,43 pontos, enquanto o EuroStoxx 50 avançou 0,29%, para 5.367 pontos. Todas as principais praças europeias fecharam em alta, com exceção de Amesterdão, que não acompanhou a tendência positiva.
Este início de setembro é marcado por uma recuperação parcial das perdas recentes, que foram influenciadas pela crise política em França e por sinais de fraqueza no setor tecnológico. Os investidores estão agora a incorporar a possibilidade de um corte nas taxas de juro pela Reserva Federal dos EUA na reunião que termina a 17 de setembro.
O PSI, índice da bolsa portuguesa, também seguiu a tendência de alta, subindo 0,65% para 7.810,85 pontos. A EDP Renováveis destacou-se com uma valorização de 1,69%, alcançando os 10,21 euros, enquanto a EDP subiu 0,53% para 3,807 euros. Outras empresas como a NOS e a Sonae também registaram ganhos, com subidas de 1,41% e 1,56%, respetivamente.
Por outro lado, algumas ações enfrentaram perdas, como a Mota-Engil, que caiu 2,27% para 4,94 euros, e a REN, que desceu 0,17% para 2,985 euros. As principais praças europeias, como o FTSE 100, o CAC, o DAX, o FTSE MIB e o IBEX, também encerraram em alta, refletindo um sentimento otimista no mercado.
Analistas da MTrader destacam que a alta das bolsas europeias foi impulsionada pela recuperação da atividade industrial na China, na Zona Euro e no Reino Unido, que voltou à expansão em agosto. Este cenário positivo contrasta com os riscos associados à política monetária da Reserva Federal e à instabilidade política em França, que podem impactar o mercado.
Ricardo Evangelista, CEO da ActivTrades Europe, comentou sobre a recente valorização do ouro, que está a registar ganhos significativos, próximo dos níveis mais altos desde abril. As expectativas de cortes nas taxas de juro da Fed estão a pressionar o dólar e a aumentar a procura pelo metal precioso, que pode continuar a valorizar-se.
Os mercados antecipam não apenas um corte de 25 pontos base em setembro, mas também a possibilidade de novas reduções antes do final do ano. Este ambiente de incerteza e a escalada de tensões geopolíticas estão a reforçar o interesse dos investidores pelo ouro, que poderá continuar a apresentar um desempenho positivo.
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Fonte: Sapo
