As contas públicas de Moçambique apresentaram um défice de 41.631 milhões de meticais, o que equivale a 555,2 milhões de euros, no primeiro semestre deste ano. Este valor representa 32,8% do défice previsto para todo o ano, conforme dados divulgados pelo Ministério das Finanças e a que a Lusa teve acesso.
Entre janeiro e junho, o Estado moçambicano arrecadou receitas totais de 171.801 milhões de meticais (aproximadamente 2.291 milhões de euros), o que corresponde a 44,5% da previsão anual. Em contrapartida, as despesas do Estado ascenderam a 213.432 milhões de meticais (cerca de 2.846 milhões de euros), representando 41,6% do que estava orçamentado.
Este défice no financiamento do Orçamento, que se cifra em 41.631 milhões de meticais, implica que o Governo moçambicano prevê necessitar de 126.878 milhões de meticais (1.692 milhões de euros) para cobrir o défice total do ano. Para isso, o Estado teve que recorrer a financiamento interno e externo, totalizando 43.719 milhões de meticais (583 milhões de euros) e 17.489 milhões de meticais (233,2 milhões de euros), que correspondem a 124,6% e 19,8% do que estava previsto, respetivamente.
O relatório também destaca que a dívida externa de Moçambique continua a estabilizar, tendo diminuído 1% em termos homólogos. No entanto, a dívida interna continua a crescer, com um aumento de 9%, seguindo a tendência média dos últimos anos. Este crescimento da dívida interna é uma preocupação para a sustentabilidade das contas públicas.
A situação financeira de Moçambique levanta questões sobre a capacidade do Governo em gerir o défice e a dívida, especialmente num contexto económico global desafiante. A necessidade de financiamento externo e interno pode ter implicações significativas para a política fiscal e económica do país.
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Fonte: Sapo