A Carris, responsável pela gestão do elevador da Glória, confirmou que foram cumpridos todos os protocolos de manutenção do funicular que descarrilou, resultando em 15 mortos e 18 feridos, cinco dos quais em estado grave. O acidente ocorreu por volta das 18h00, no percurso que liga os Restauradores ao Jardim São Pedro de Alcântara, em Lisboa.
Num comunicado enviado à imprensa, a Carris destacou que os programas de manutenção, que incluem inspeções diárias, semanais e mensais, foram “escrupulosamente cumpridos”. A manutenção geral do elevador da Glória é realizada a cada quatro anos, com a última intervenção a ter lugar em 2022. Além disso, a empresa informou que a reparação intercalar, que acontece a cada dois anos, foi realizada no ano passado.
Após o acidente, a Carris anunciou a abertura de um inquérito em colaboração com as autoridades competentes para investigar as “reais causas” do descarrilamento. O presidente da Carris, Pedro Bogas, afirmou que a manutenção é assegurada pela empresa MAIN-Maintenance Engineering, que garante a execução dos serviços de forma rigorosa.
No entanto, a externalização da manutenção tem sido alvo de críticas por parte dos trabalhadores, que defendem que esta responsabilidade deveria ser assumida internamente. Manuel Leal, dirigente sindical da Fectrans e do STRUP, mencionou que existem queixas recorrentes sobre o nível de tensão dos cabos de sustentação dos elevadores.
A Autoridade da Mobilidade e dos Transportes já anunciou que irá realizar uma “ação de supervisão ao acidente”, prometendo divulgar os resultados o mais rapidamente possível. Vale lembrar que o elevador da Glória já havia descarrilado em maio de 2018, embora sem vítimas, o que levou à interrupção do serviço durante cerca de um mês. No ano passado, entre 26 de agosto e 30 de setembro, o elevador esteve fora de serviço para reparações.
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elevador da Glória elevador da Glória Nota: análise relacionada com elevador da Glória.
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Fonte: ECO