Portugueses pedem maior foco na competitividade da UE

Os cidadãos portugueses manifestam uma clara preferência por uma União Europeia (UE) que se concentre na competitividade, economia e indústria, de forma a fortalecer a sua posição no panorama global. Esta preocupação é mais acentuada em Portugal do que em outros países da UE, conforme revela o mais recente inquérito Eurobarómetro, realizado pelo Parlamento Europeu.

Num contexto de incerteza geopolítica, 68% dos europeus acredita que a UE deve assumir um papel mais ativo na proteção dos seus cidadãos contra crises e riscos de segurança. Este número sobe para 80% entre os inquiridos portugueses, que expressam a necessidade de mais recursos para que a UE possa cumprir essa função. De facto, 86% dos portugueses considera que a União precisa de mais instrumentos para enfrentar os desafios atuais, enquanto a média europeia é de 77%.

Quando questionados sobre as áreas prioritárias para o futuro da UE, 38% dos portugueses destacam a competitividade, economia e indústria, em comparação com 32% a nível europeu. Além disso, a segurança alimentar e a agricultura também surgem como preocupações significativas, com 30% dos portugueses a considerá-las prioritárias, em contraste com 23% no restante da Europa.

Enquanto a defesa e segurança são vistas como prioridades por 37% dos europeus, apenas 31% dos portugueses partilham desta visão. No que diz respeito às questões que o Parlamento Europeu deve priorizar, os resultados mostram que a inflação e o aumento do custo de vida são as principais preocupações para 53% dos portugueses, em comparação com 41% a nível europeu. Outros temas relevantes incluem a luta contra a pobreza e a exclusão social, com 54% dos inquiridos portugueses a considerarem esta uma prioridade, em comparação com 31% na média europeia.

Com as negociações para o próximo quadro financeiro plurianual já em curso, cerca de 80% dos europeus acredita que mais projetos devem ser financiados pela UE como um todo, e não apenas pelos países individualmente. Este número é ainda mais elevado em Portugal, onde 86% dos inquiridos partilham esta opinião, em comparação com 78% a nível europeu.

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A presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, sublinhou a importância destes resultados, afirmando que “as prioridades e o próximo orçamento de longo prazo da UE devem permitir à União enfrentar as novas realidades geopolíticas”. Metsola enfatizou a necessidade de passar das palavras aos atos, investindo no que realmente importa para os cidadãos.

Além disso, o inquérito revela que quase todos os europeus defendem uma maior transparência nas ações da UE, com 91% a considerar que o Parlamento deve ter os meios necessários para controlar as despesas. Em Portugal, essa percentagem sobe para 94%. Por outro lado, 85% dos europeus (87% em Portugal) concordam que a concessão de fundos deve estar condicionada ao respeito pelo Estado de direito e princípios democráticos.

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Fonte: ECO

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