O descarrilamento do Elevador da Glória, ocorrido na quarta-feira às 18h, resultou até ao momento em 16 vítimas mortais e cerca de 23 feridos, de várias nacionalidades. Entre os mortos, cinco são portugueses, incluindo o guarda-freios do elevador, André Marques, e quatro colaboradores da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa. O primeiro-ministro classificou o acidente como “uma das maiores tragédias humanas da nossa história recente”.
As autoridades identificaram até agora oito das vítimas, incluindo duas sul-coreanas e uma suíça. A Polícia Judiciária (PJ) confirmou que, além dos portugueses, há também um cidadão alemão, um ucraniano, um americano e dois canadianos entre os falecidos. O Instituto Nacional de Medicina Legal mobilizou uma equipa de desastres de massa para lidar com a situação, realizando autópsias desde a meia-noite após o acidente.
Em termos de feridos, 23 pessoas foram afetadas, com 10 em estado grave, das quais seis estão nos cuidados intensivos. A Proteção Civil indicou que 13 feridos já receberam alta, enquanto outros 10 continuam a receber tratamento.
As causas do descarrilamento estão a ser investigadas pelo Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários (GPIAAF). O diretor nacional da PJ, Luís Neves, afirmou que a locomotiva acidentada ficará sob a custódia da PJ para que a investigação possa avançar com celeridade. O Ministério Público já abriu um inquérito para apurar as responsabilidades.
O presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, pediu uma investigação externa independente para esclarecer todas as circunstâncias do acidente. A Carris, empresa responsável pela gestão do elevador, revelou que o último concurso para a manutenção do equipamento ficou deserto, levando à celebração de um ajuste direto de cinco meses com a MNTC – Serviços Técnicos de Engenharia, a empresa encarregada da manutenção.
Os custos de manutenção dos elevadores têm vindo a aumentar significativamente, mais do que duplicando na última década. O presidente da Carris anunciou que um novo concurso para a manutenção do Elevador da Glória será lançado em setembro, uma vez que o equipamento acidentado não é recuperável. A empresa planeia investir num novo elevador, que será projetado com maior segurança.
A TAP também se disponibilizou para ajudar as vítimas e os familiares, facilitando o transporte e o repatriamento. O primeiro-ministro apelou para que a tragédia não seja usada para manobras políticas, sublinhando a importância de apurar responsabilidades com respeito pelas vítimas.
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Elevador da Glória Elevador da Glória Elevador da Glória Nota: análise relacionada com Elevador da Glória.
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Fonte: ECO