A segunda fase do concurso nacional de acesso ao ensino superior terminou na quarta-feira com a inscrição de 17.114 jovens, o que representa uma diminuição de 2.696 candidatos em comparação com o ano anterior. Os dados foram divulgados pela Direção-Geral do Ensino Superior (DGES) e revelam que, em 2024, as instituições de ensino superior receberam 19.810 inscrições nesta fase, um número que agora se mostra bastante inferior.
Esta redução no número de candidatos ao ensino superior já se tinha verificado na primeira fase do concurso, onde menos de 50 mil alunos se inscreveram, um valor que não se via desde 2018. No final dessa fase, apenas 43.899 estudantes conseguiram colocação, o que representa uma queda de 12,1% em relação ao ano passado. Muitos destes jovens voltaram a tentar a sua sorte na segunda fase, à procura de uma das quase 16 mil vagas disponíveis.
Destas vagas, 15.923 estão agora em concurso. A maioria, cerca de 11.513 lugares, são aqueles que não tiveram candidatos na primeira fase. Além disso, existem 4.401 lugares que foram ocupados, mas cujos estudantes não se inscreveram, e ainda 20 vagas adicionais. Os resultados desta segunda fase serão divulgados a 14 de setembro, com uma terceira fase agendada para o final do mês, entre 23 e 25 de setembro, para preencher as restantes vagas.
O ministro da Educação, Ciência e Inovação, Fernando Alexandre, expressou a sua preocupação com a diminuição do número de alunos colocados, atribuindo esta situação às novas regras dos exames, que exigem a realização de três provas nacionais para a conclusão do 12.º ano e pelo menos duas para a candidatura ao ensino superior. Apesar disso, o ministro rejeitou a ideia de alterar as regras atuais, mas admitiu que poderá haver uma discussão nacional no futuro sobre possíveis mudanças. Ele reconheceu que algumas instituições de ensino superior, especialmente as localizadas no interior do país, foram significativamente afetadas pela diminuição de candidatos ao ensino superior.
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Fonte: ECO
