Pilotos da TAP criticam gestão por prejuízos de 70,7 milhões

O Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC) responsabiliza a gestão da TAP pelos prejuízos de 70,7 milhões de euros registados no primeiro semestre deste ano. Segundo o sindicato, a situação deve-se a uma “gestão despesista e ineficiente” e às restrições à concorrência impostas pela Comissão Europeia. Os pilotos afirmam que a questão principal não reside nos custos laborais, mas sim na gestão da companhia.

Entre os fatores que contribuíram para os prejuízos da TAP, destaca-se o aumento de 3,8% nos gastos operacionais, que ascenderam a 1.964,2 milhões de euros até junho. Este aumento é impulsionado por um encargo com pessoal que cresceu 13,6%, resultado de aumentos salariais acordados em convenções coletivas.

Uma semana após a divulgação dos resultados financeiros, o SPAC, liderado por Helder Santinhos, criticou a administração da TAP por omitir informações relevantes sobre o contexto que explica os resultados. O sindicato defende que os salários dos pilotos estão alinhados com os praticados na Europa, e que a verdadeira fragilidade da TAP reside nas suas receitas, afetadas por fatores externos.

O comunicado do SPAC também destaca a “ineficiência notável no planeamento da operação”, que resulta em custos elevados com trabalho suplementar. Além disso, a TAP enfrenta custos relacionados a provisões para indemnizações que podem atingir centenas de milhões de euros devido a processos judiciais por incumprimento da legislação laboral.

Os pilotos lembram que o desempenho da TAP é limitado por imposições da Comissão Europeia, que surgiram após a intervenção estatal e o plano de reestruturação. Restrições como a redução da frota dificultam o crescimento da companhia em comparação com concorrentes como IAG, Lufthansa e Air France-KLM, tornando qualquer comparação injusta.

Helder Santinhos, presidente do SPAC, afirma que “não faz sentido culpar os pilotos por problemas criados por decisões políticas e má gestão”. O sindicato exige maior transparência sobre os custos de gestão e defende que a TAP precisa de um proprietário que invista no seu crescimento. A privatização da companhia é vista como a única forma de garantir uma gestão profissional e responsável.

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O Governo está a trabalhar para concluir a venda de 49,9% da TAP até julho do próximo ano, um processo que inclui apreciação parlamentar e fases de acolhimento de propostas. Leia também: O futuro da TAP em tempos de privatização.

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Fonte: ECO

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