O número de trabalhadores abrangidos por despedimentos coletivos em Portugal registou um aumento significativo de 30,3% até julho de 2023, totalizando 4.688 pessoas, de acordo com dados da Direção-Geral do Emprego e das Relações do Trabalho (DGERT). Este valor representa um crescimento em relação ao mesmo período do ano anterior, quando foram contabilizados apenas 2.140 trabalhadores.
Dos 4.688 trabalhadores abrangidos, 4.578 foram efetivamente despedidos, o que indica uma tendência preocupante no mercado de trabalho. Os dados revelam que o número de despedimentos coletivos tem vindo a aumentar desde 2022, e os primeiros sete meses deste ano apresentam os números mais elevados desde 2020.
Além disso, o número de despedimentos coletivos comunicados pelas empresas ao Ministério do Trabalho também subiu 13,3% até julho, atingindo um total de 332 casos. Este aumento é notório, uma vez que representa um crescimento contínuo desde 2023. A maioria dos despedimentos comunicados diz respeito a pequenas e microempresas, que representam 38,6% e 36,1% do total, respetivamente.
As regiões de Lisboa e Vale do Tejo e do Norte destacam-se como as áreas com mais despedimentos coletivos, com 166 e 100 casos, respetivamente. No mês de julho, foram efetivamente despedidos 781 trabalhadores, um número superior aos 465 registados no mesmo mês do ano anterior e ligeiramente acima dos 779 despedimentos de junho.
A região de Lisboa e Vale do Tejo foi responsável pela maior parte dos despedimentos em julho, com 633 trabalhadores afetados. As indústrias transformadoras e as atividades de consultoria, científicas e técnicas foram as que mais contribuíram para este aumento, sendo que a principal razão apontada para os despedimentos é a redução de pessoal, que afeta 53% dos casos.
O crescimento dos despedimentos coletivos levanta preocupações sobre a saúde do mercado de trabalho em Portugal. As empresas parecem estar a enfrentar desafios significativos, que as levam a optar por cortes de pessoal. Este cenário pode ter implicações profundas na economia e na vida dos trabalhadores.
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Fonte: Sapo





