Carlos Moedas, presidente da Câmara Municipal de Lisboa, enfrenta uma moção de censura apresentada pelo partido Chega, que será discutida na próxima terça-feira. O deputado municipal Bruno Mascarenhas, candidato à Câmara de Lisboa, anunciou a proposta, exigindo responsabilidades pelo trágico acidente do Elevador da Glória, que resultou em 16 mortes e 23 feridos.
Em conferência de imprensa, Mascarenhas sublinhou a necessidade de apurar responsabilidades por parte do executivo camarário. “Fizemos um documento que é uma moção de censura a este executivo, para ser discutido precisamente na próxima terça-feira. O engenheiro Moedas, se assim o entender, se não faltar, estará em condições de debater connosco esta questão”, afirmou.
A Assembleia Municipal de Lisboa, onde o Chega tem três deputados, pode votar moções de censura em relação à atuação da Câmara. André Ventura, líder do Chega, reforçou que a Câmara de Lisboa é a responsável máxima, uma vez que a Carris, a empresa que gere o elevador, é pública e sob gestão municipal. “É difícil que, em circunstâncias como estas, o titular máximo da pasta não assuma responsabilidade”, disse Ventura.
O líder do Chega também recordou que, em 2021, Carlos Moedas pediu a demissão do então presidente da Câmara, Fernando Medina, após a transmissão de dados a uma embaixada russa. “O que diria Carlos Moedas, que pediu a admissão de Fernando Medina, ao Moedas de 2025, após 16 mortes? Essa pergunta ecoa na minha cabeça”, questionou Ventura.
Apesar da gravidade da situação, Ventura não pediu diretamente a demissão de Moedas, afirmando que o partido possui uma bancada municipal e que não cabe ao líder solicitar demissões de presidentes de câmara. “Este é o momento de tratarmos das vítimas e apoiarmos as famílias. No entanto, ignorar responsabilidades é um erro político tremendo”, defendeu.
O acidente do Elevador da Glória, que descarrilou na quarta-feira, levou o Governo a decretar um dia de luto nacional e a Câmara de Lisboa a estabelecer três dias de luto municipal. O elevador, que liga os Restauradores ao Jardim de São Pedro de Alcântara, é uma atração turística popular, percorrendo cerca de 265 metros.
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Fonte: ECO





