Uma dupla de designers de jogos de tabuleiro portugueses, Paulo Soledade e Nuno Bizarro Sentieiro, convida-nos a explorar a revolução industrial japonesa através do jogo “Nippon”. Este jogo transporta os participantes para o Japão do período Meiji, que decorreu entre 1868 e 1912, um tempo em que o Império nipónico se esforçou para modernizar a sua economia. Os jogadores assumem o papel de um dos quatro conglomerados industriais, conhecidos como zaibatsu, que, com o apoio do Imperador, dominaram o cenário económico da época.
No início do jogo, os empresários-jogadores começam com pequenas oficinas de seda e devem expandir os seus negócios até se tornarem potências industriais. O tabuleiro é dividido em regiões que representam as ilhas japonesas, e os componentes incluem trabalhadores, fábricas, comboios e navios. A mecânica do jogo envolve a colocação de trabalhadores para realizar diversas tarefas, como adquirir conhecimentos, produzir bens e exportar produtos. A imersão no jogo é significativa, pois os jogadores podem diversificar a produção, fabricando desde seda e papel até relógios e lâmpadas.
Para ter sucesso na revolução industrial japonesa, os jogadores devem também focar na modernização das suas fábricas e na melhoria dos seus equipamentos. Isso implica investimentos em maquinaria e na extração de carvão, um recurso essencial para a produção. À medida que os jogadores progridem, o transporte ferroviário e marítimo torna-se crucial para a distribuição dos produtos, tanto no mercado interno como no externo.
O Japão, em poucas décadas, transformou-se de um país dependente de matérias-primas para um exportador de produtos acabados. Os zaibatsu, ao colocarem os seus trabalhadores na exportação, podem cumprir contratos e aumentar a sua influência. Contudo, o mercado interno não deve ser negligenciado, uma vez que os habitantes das cidades japonesas estão ansiosos por novos produtos. Cada localidade tem preferências específicas, e os jogadores devem adaptar a sua oferta para satisfazer essas necessidades, ganhando assim influência e recursos.
Quando os trabalhadores não podem ser mais alocados, os jogadores devem consolidar os seus ganhos e preparar-se para a próxima fase do jogo. Após várias rondas, a contagem final de pontos revela quem conseguiu acumular mais influência e riqueza. Embora apenas um jogador possa vencer, todos os participantes têm a oportunidade de sentir que contribuíram para a revolução industrial japonesa, mesmo que seja apenas num jogo.
Através de “Nippon”, os jogadores não só se divertem, mas também aprendem sobre a importância da estratégia e da adaptação no contexto da revolução industrial japonesa. Este jogo é uma forma única de compreender como o Japão se tornou uma potência económica global em tão pouco tempo.
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Fonte: Doutor Finanças