O recente acidente com o elevador da Glória, em Lisboa, levantou preocupações sobre a segurança deste icónico transporte. O guarda-freio do elevador acionou tanto os travões automáticos como os manuais na tentativa de travar a descida, mas essas medidas não foram suficientes. A carruagem continuou a descer, descarrilando 170 metros depois do início do percurso.
De acordo com a Nota Informativa do Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários (GPIAAF), o embate da carruagem contra um edifício ocorreu a uma velocidade estimada de 60 quilómetros por hora, num espaço de tempo inferior a 50 segundos. O elevador da Glória, que percorre 276 metros e tem um desnível de 45 metros, tem uma velocidade máxima de funcionamento de 11,5 quilómetros por hora, levando pouco mais de um minuto a completar o percurso.
Este elevador, classificado como monumento nacional, foi inaugurado em 1914 e tem passado por várias intervenções de conservação ao longo dos anos. O acidente ocorreu a uma quarta-feira, 3 de setembro, quando as cabinas estavam estacionadas nas extremidades da Calçada da Glória, uma em cima e outra em baixo, na Praça dos Restauradores.
Cerca das 18:03, as cabinas iniciaram a sua viagem, mas logo após percorrerem cerca de seis metros, perderam a força de equilíbrio. A cabina n.º 2 recuou bruscamente, enquanto a n.º 1 continuou a descer, aumentando a velocidade. O guarda-freio tentou, sem sucesso, travar o movimento. A investigação revela que, após 170 metros, a cabina descarrilou e tombou, embatendo lateralmente contra um edifício e, posteriormente, contra postes de iluminação pública.
O GPIAAF sublinha que os danos causados foram significativos e que a velocidade do impacto foi alarmante. A investigação ainda está em curso, e não se sabe ao certo quantas pessoas estavam a bordo no momento do acidente. A segurança dos elevadores, especialmente em locais históricos como o da Glória, é uma preocupação crescente.
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Fonte: Sapo