Cabo falha no elevador da Glória causa descarrilamento mortal

O acidente do elevador da Glória, que ocorreu na quarta-feira e resultou em 16 mortos e 22 feridos, foi causado pela falha do cabo que unia as duas cabinas. Esta informação foi divulgada hoje pelo Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários (GPIAAF), que revelou detalhes da investigação realizada no local.

De acordo com a Nota Informativa publicada pelo GPIAAF, o cabo cedeu no seu ponto de fixação na cabina que iniciou a viagem no topo da Calçada da Glória. A análise dos destroços revelou que, apesar de o restante cabo e o sistema de funcionamento, incluindo o volante de inversão e as polias, estarem em boas condições e lubrificados, a falha no cabo foi determinante para o descarrilamento.

O cabo em questão é constituído por seis cordões de 36 arames de aço, com um diâmetro total de 32 milímetros e uma carga de rotura de aproximadamente 68 toneladas. Este tipo de cabo tem sido utilizado no elevador da Glória nos últimos seis anos e, segundo a entidade operadora, a sua vida útil é de 600 dias. No momento do acidente, o cabo tinha sido instalado há 337 dias, o que significa que ainda tinha uma margem de segurança de 263 dias até à sua substituição.

A investigação também abordou a manutenção do elevador da Glória, que é gerido pela Carris. A manutenção e conservação do sistema estão a cargo de uma empresa externa especializada, que é responsável pelo fornecimento e instalação dos cabos, sob a supervisão da Carris. No entanto, o GPIAAF constatou que o elevador não está sob a supervisão do Instituto da Mobilidade e dos Transportes, o que levanta questões sobre a responsabilidade na fiscalização da segurança deste meio de transporte público.

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Além disso, a entidade que realiza as inspeções do equipamento, a cada quatro anos, é contratada pela empresa operadora, mas a investigação não conseguiu determinar qual é o enquadramento legal do elevador da Glória nem qual entidade pública deve supervisionar o seu funcionamento.

O elevador da Glória, uma atração turística em Lisboa que liga os Restauradores ao Jardim de São Pedro de Alcântara, percorre 276 metros e é muito utilizado por visitantes. A tragédia ocorrida destaca a importância de uma supervisão rigorosa e de uma manutenção adequada para garantir a segurança dos utentes.

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Fonte: Sapo

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