No último domingo, a capital da Ucrânia, Kiev, foi alvo de um ataque massivo por parte da Rússia, envolvendo 805 drones e mísseis. Este ataque é considerado o maior do tipo desde o início da guerra, tendo resultado na morte de pelo menos duas pessoas, segundo as autoridades ucranianas. O porta-voz da Força Aérea da Ucrânia, Yuriy Ihnat, confirmou que este foi o ataque mais intenso com drones desde o início da invasão em larga escala.
A Força Aérea da Ucrânia informou que conseguiu abater 747 drones e quatro mísseis, mas mesmo assim, houve 56 ataques com drones e nove impactos de mísseis em 37 locais diferentes do país. Os destroços das armas caíram em várias áreas, aumentando a preocupação com a escalada da campanha aérea russa. Em Kiev, jornalistas da Associated Press relataram a presença de fumo a sair do telhado do edifício do conselho de ministros, embora ainda não se saiba se o fumo resultou de um impacto direto ou de destroços.
Historicamente, a Rússia tem evitado atingir edifícios governamentais no centro da cidade, mas este ataque marca uma mudança significativa. O edifício alberga os gabinetes dos ministros ucranianos, e a polícia rapidamente bloqueou o acesso à área enquanto equipas de emergência chegavam ao local. As autoridades confirmaram que duas pessoas, uma mãe e o seu filho de apenas três meses, perderam a vida, e pelo menos 17 pessoas ficaram feridas. A primeira-ministra ucraniana, Yulia Svyrydenko, lamentou a perda de vidas e sublinhou a necessidade de uma resposta internacional mais firme, incluindo sanções adicionais contra a Rússia.
Este ataque a Kiev é o segundo em duas semanas, num momento em que as esperanças de negociações de paz estão a diminuir. Os líderes europeus têm pressionado o Presidente russo, Vladimir Putin, a retomar as conversações, enquanto 26 aliados da Ucrânia prometeram enviar tropas como “força de segurança” assim que os combates terminarem.
A invasão russa, que começou a 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa numa crise de segurança sem precedentes desde a II Guerra Mundial. Apesar de já terem passado mais de três anos desde o início do conflito, as tentativas de acordo de paz entre Moscovo e Kiev têm falhado. Putin exige que a Ucrânia ceda territórios e renuncie ao apoio ocidental, condições que Kiev considera inaceitáveis. Por sua vez, a Ucrânia pede um cessar-fogo imediato como base para um futuro acordo de paz, que deve incluir garantias de segurança.
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Fonte: ECO