Carlos Moedas, presidente da Câmara de Lisboa, afirmou que não se demitirá após a tragédia do Elevador da Glória, que resultou na morte de 16 pessoas. Em entrevista à SIC, Moedas desafiou quem o critica a apresentar provas de que as suas decisões influenciaram a manutenção do elevador ou a gestão da empresa responsável. “Se alguém provar que alguma ação que eu tenha tido fez com que a empresa não gastasse o que devia na manutenção, eu demito-me na hora”, declarou.
Moedas rejeitou comparações com Fernando Medina, seu antecessor, e sublinhou que não existem erros que possam ser atribuídos à sua gestão. “O orçamento da empresa aumentou 30% no meu mandato. Se alguém provar que a empresa não investiu em novo equipamento, isso também é falso, pois houve um aumento de 60% nesse investimento”, afirmou. O presidente da Câmara destacou ainda que a manutenção do elevador foi reforçada em 30% durante o seu mandato.
A defesa de Moedas surge num momento crítico, a um mês das eleições autárquicas, onde é candidato por uma coligação liderada pelo PSD. Ele enfatizou que a responsabilidade política não reside apenas no presidente da Câmara, mas também na forma como a empresa é gerida. “Um acionista não gere a empresa, mas fornece recursos e estabelece uma estratégia para a mobilidade da cidade”, explicou.
Carlos Moedas insiste que a tragédia do Elevador da Glória é única e não pode ser comparada a outros incidentes. “Nesta tragédia, não há nenhum erro que possa ser imputado a uma decisão do presidente da Câmara”, reiterou. O político mostrou-se confiante na sua posição e na gestão que tem realizado, defendendo que a responsabilidade política deve ser analisada com base em dados concretos.
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Carlos Moedas Carlos Moedas Carlos Moedas Nota: análise relacionada com Carlos Moedas.
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Fonte: ECO