Governo português otimista sobre tarifas e vantagens para a indústria

O Governo português manifestou otimismo em relação à competitividade da indústria nacional, especialmente no contexto do recente acordo comercial entre a União Europeia (UE) e os Estados Unidos (EUA). O secretário de Estado da Economia, João Rui Ferreira, fez estas declarações durante uma conferência de imprensa na MICAM, uma importante feira de calçado que decorre em Milão, Itália.

Ferreira sublinhou que as dificuldades económicas e a incerteza geopolítica podem, paradoxalmente, criar vantagens para Portugal. “Entro com otimismo ao ver o que está a acontecer nas nossas empresas. As mudanças no consumo podem trazer uma vantagem competitiva para Portugal”, afirmou o governante.

O acordo aduaneiro entre a UE e os EUA, que estabelece tarifas de 15% sobre produtos europeus, é visto como uma oportunidade para aumentar a competitividade das empresas portuguesas, especialmente na indústria do calçado. O Governo enfatizou que este não é o momento de desinvestir no mercado norte-americano, uma vez que Portugal poderá beneficiar de tarifas mais baixas em comparação com outros mercados.

Recentemente, a União Europeia e os Estados Unidos chegaram a um entendimento que poderá abrir novas portas para as exportações portuguesas. Ferreira destacou a importância da presença do Governo em feiras internacionais como um sinal de apoio às empresas, embora tenha lamentado o encerramento de fábricas, como a da IFF II em Oliveira de Azeméis, que resultou na perda de 80 postos de trabalho. No entanto, o secretário de Estado frisou que estes encerramentos são “casos pontuais” num universo de 1.500 empresas do setor.

O tecido empresarial português é considerado robusto, com várias iniciativas focadas em sustentabilidade e inovação. Ferreira referiu que o país possui centros tecnológicos que promovem a transformação sustentável e o uso de materiais renováveis, além de práticas de reutilização de calçado. “Já não são só as empresas portuguesas que querem estar nesta feira. É também esta feira que quer que as empresas portuguesas cá estejam”, enfatizou.

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A MICAM, que celebra a sua 100ª edição, conta com a participação de 42 empresas portuguesas e espera receber cerca de 42 mil visitantes. Dados da APICCAPS indicam que, no primeiro semestre de 2025, as exportações de calçado português aumentaram 3,7% em valor, totalizando 843 milhões de euros. Entre janeiro e junho, foram exportados 36 milhões de pares, representando um aumento de 5,4%.

Em 2024, as exportações do setor de calçado atingiram 2.147 milhões de euros, com Portugal a produzir 80 milhões de pares de sapatos no ano anterior, dos quais 68 milhões foram exportados, gerando receitas de 1.724 milhões de euros. O calçado português é comercializado em mais de 170 países, com Belize a ser o mais recente destino.

O Plano Estratégico do Cluster do calçado prevê um investimento significativo de 600 milhões de euros até 2030, reforçando as vantagens para Portugal neste setor.

Leia também: O impacto do novo acordo comercial na economia portuguesa.

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Fonte: Sapo

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