A OPEP+, aliança que inclui a Arábia Saudita e a Rússia, anunciou um novo aumento na produção de petróleo para o mês de outubro, fixando-se em 137 mil barris por dia. Este aumento, embora significativo, é inferior ao que foi observado nos meses anteriores, refletindo uma diminuição da procura global por petróleo.
De acordo com a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), a decisão foi tomada em resposta a um panorama económico global estável e a fundamentos de mercado considerados sólidos, evidenciados pelos baixos níveis de inventário de petróleo bruto. Os oito países que participam deste acordo decidiram, assim, ajustar a produção para 137 mil barris por dia.
Este é o sétimo aumento consecutivo desde abril, quando a OPEP+ decidiu aumentar a produção pela primeira vez em 137 mil barris por dia. Nos meses seguintes, a produção foi triplicada em maio, junho e julho, atingindo um aumento mensal de até 411 mil barris por dia, antes de acelerar novamente em agosto e setembro, com um aumento de 548 mil barris por dia.
Com esta nova decisão, a OPEP+ já aumentou a sua produção em 2,6 milhões de barris por dia desde abril, o que representa cerca de 2,5% da procura mundial. O principal objetivo desta estratégia é reforçar a quota de mercado da aliança, especialmente num contexto de preços mais baixos.
A reunião que levou a esta decisão foi realizada por teleconferência e contou com a participação dos ministros da Energia da Arábia Saudita, Rússia, Iraque, Emirados Árabes Unidos, Kuwait, Cazaquistão, Argélia e Omã. Estes países, que são fundamentais na OPEP+, decidiram reverter os cortes de produção que tinham sido aplicados voluntariamente ao longo de 2023.
Os analistas do setor interpretam esta mudança como uma nova estratégia da OPEP+, liderada pela Arábia Saudita, que visa recuperar a quota de mercado, mesmo que isso implique aceitar preços mais baixos. Esta abordagem contrasta com a anterior política de sustentar os preços através de cortes significativos na produção.
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Fonte: ECO
