Tragédia do Elevador da Glória: Causas e Consequências

Na tarde de 3 de setembro de 2025, o Elevador da Glória, um icónico funicular de Lisboa, foi palco de uma tragédia que resultou na morte de 16 pessoas. O acidente ocorreu às 18h03, quando o cabo que ligava as duas cabinas cedeu, levando a uma descida descontrolada da cabina nº 1. Este incidente, que deixou ainda cinco feridos graves e 13 feridos leves, levanta questões sérias sobre a segurança e a manutenção deste sistema de transporte.

O Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários (GPIAAF) divulgou uma nota informativa com as primeiras conclusões da investigação. O relatório preliminar, que deverá ser publicado em 45 dias, indicou que a falha do cabo foi o principal fator do acidente. Este cabo, que tinha apenas 337 dias de uso, ainda estava dentro da sua vida útil de 600 dias. A manutenção do elevador estava em dia e uma inspeção visual realizada na manhã do acidente não detetou anomalias.

Entre os pontos destacados pela investigação, estão as condições de inspeção e manutenção, a formação dos técnicos envolvidos e a fiscalização da entidade contratante. A falta de um enquadramento legal claro para o Elevador da Glória também foi mencionada, uma vez que não está sob a supervisão do Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMT). Esta situação levanta preocupações sobre a responsabilidade e a segurança dos sistemas de transporte público em Lisboa.

O Elevador da Glória, que opera desde 1926, é um dos símbolos da cidade, ligando a Calçada da Glória à Praça dos Restauradores. Com um percurso de 276 metros e uma inclinação média de 18%, o funicular é um importante meio de transporte para turistas e residentes. Contudo, a tragédia recente coloca em evidência a necessidade de uma revisão das normas de segurança e manutenção destes equipamentos.

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As cabinas do elevador, que têm capacidade para 42 pessoas, foram projetadas para funcionar em equilíbrio, mas a ruptura do cabo causou uma perda súbita desse equilíbrio. A cabina nº 2 recuou bruscamente, enquanto a cabina nº 1 desceu descontroladamente, atingindo uma velocidade estimada de 60 km/h antes do embate final. Este cenário trágico poderia ter sido evitado com uma fiscalização mais rigorosa e um plano de manutenção mais eficaz.

O GPIAAF irá continuar a investigação para determinar todas as causas e responsabilidades envolvidas neste acidente. A tragédia do Elevador da Glória serve como um alerta para a necessidade de garantir a segurança em todos os sistemas de transporte público. A sociedade espera respostas e medidas que evitem que situações semelhantes voltem a ocorrer.

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Elevador da Glória Nota: análise relacionada com Elevador da Glória.

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Fonte: ECO

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