A recente tragédia no elevador da Glória, que resultou em 16 mortos e várias dezenas de feridos, continua a gerar forte polémica na política lisboeta. A candidata da coligação PS/Livre/BE/PAN à Câmara de Lisboa, Alexandra Leitão, acusou o atual presidente da autarquia e recandidato, Carlos Moedas (PSD), de fazer um “exercício de desculpabilização” em relação ao acidente.
Em uma publicação na rede social X, Leitão criticou Moedas por centrar a sua narrativa na sua própria imagem, afirmando que “quem o ouça acha que a primeira vítima do trágico acidente no elevador da Glória foi ele próprio”. A socialista lembrou que as verdadeiras vítimas são os mortos, os feridos e as suas famílias.
A crítica de Leitão surge após uma entrevista de Carlos Moedas à SIC, onde o autarca se defendeu das acusações de politização da tragédia. Moedas expressou a sua indignação face a certos partidos, incluindo o PS de Lisboa, que, segundo ele, tentam capitalizar politicamente a situação. “Faz-se uma grande diferença entre o PS liderado por José Luís Carneiro e o PS de Lisboa, que se radicalizou”, afirmou.
Alexandra Leitão, que lidera a lista da coligação para as eleições autárquicas de 12 de outubro, exigiu um “cabal esclarecimento e uma assunção de responsabilidades” sobre o acidente. Apesar de não ter pedido a demissão de Moedas, a candidata sublinhou a importância de medidas concretas para apoiar as vítimas e restaurar a confiança nas infraestruturas da cidade.
O elevador da Glória, que liga a Praça dos Restauradores ao Jardim de São Pedro de Alcântara, é uma atracção turística popular. A sua gestão está a cargo da empresa municipal Carris, cuja responsabilidade foi destacada por vários partidos da oposição. Embora não tenham avançado com pedidos de demissão, a oposição considera Moedas o “responsável político máximo” pela situação.
Na próxima segunda-feira, a Câmara de Lisboa realizará uma reunião extraordinária para discutir medidas de apoio às vítimas e apurar as causas do acidente. A proposta avançada pelo PS inclui a criação de um memorial na Calçada da Glória e a abertura de um gabinete municipal de apoio às vítimas.
O acidente no elevador da Glória, que envolveu cidadãos de várias nacionalidades, provocou um dia de luto nacional decretado pelo Governo e três dias de luto municipal pela Câmara de Lisboa. A situação continua a ser um tema de grande relevância na agenda política da cidade.
Leia também: O impacto do acidente no turismo em Lisboa.
acidente elevador Glória acidente elevador Glória acidente elevador Glória acidente elevador Glória acidente elevador Glória Nota: análise relacionada com acidente elevador Glória.
Leia também: Candidaturas ao SIFIDE caem 44% em 2024 devido a restrições
Fonte: Sapo