O início da semana é marcado por várias atualizações económicas relevantes. O aumento dos preços dos combustíveis é uma das principais preocupações, enquanto o Instituto Nacional de Estatística (INE) divulga dados sobre os custos de construção de habitação nova referentes ao mês de julho. Além disso, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) apresenta o Índice de Preços no Consumidor, e o Tribunal de Contas Europeu analisa a flexibilidade do orçamento da União Europeia.
Os custos de construção de habitação nova, segundo o INE, registaram um aumento de 3,9% em junho, em comparação com o mesmo mês do ano anterior. Este crescimento, que supera em três décimas o valor observado em maio, é impulsionado principalmente pelo aumento do custo da mão-de-obra, que atingiu o nível mais elevado desde março. Este aumento nos custos de construção pode ter um impacto significativo no mercado imobiliário, afetando tanto a oferta como a procura de novas habitações.
Em relação à inflação, a OCDE reportou que, em junho, a taxa de inflação nos 38 países membros subiu para 4,2%, em comparação com os 4% registados em maio. Este aumento pode refletir as pressões económicas globais e a necessidade de monitorizar os custos de construção, que também podem ser influenciados por esta inflação crescente.
No cenário político, o primeiro-ministro francês, François Bayrou, enfrenta um momento crítico, arriscando-se a perder um voto de confiança no Parlamento. Esta situação pode levar à queda do governo, atrasos no plano orçamental ou até a eleições antecipadas. O plano de Bayrou para controlar as finanças públicas, que inclui uma redução significativa do défice, poderá exigir cortes nas despesas e novas medidas fiscais, o que poderá ter repercussões na economia francesa e, por extensão, na economia europeia.
O Tribunal de Contas Europeu também tem um papel importante esta semana, ao publicar um relatório que analisa como a flexibilidade orçamental pode ajudar a União Europeia a responder a desafios emergentes. Este relatório poderá fornecer orientações sobre como os países membros podem gerir melhor os seus orçamentos em tempos de incerteza económica.
Por último, os preços dos combustíveis continuam a subir, marcando a terceira semana consecutiva de aumentos. A gasolina deverá aumentar 1,5 cêntimos, enquanto o gasóleo, o combustível mais utilizado em Portugal, deverá encarecer em dois cêntimos. Assim, os consumidores deverão pagar, em média, 1,568 euros por litro de gasóleo simples e 1,713 euros por litro de gasolina simples 95. Este aumento nos preços dos combustíveis pode ter um impacto direto nos custos de construção, uma vez que o transporte de materiais e a mobilidade da mão-de-obra são afetados.
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Fonte: ECO





