O Governo de Espanha decidiu retirar a sua embaixadora em Telavive, Ana María Solomon, após a proibição de entrada de duas ministras espanholas em Israel. Esta medida foi considerada inaceitável pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, José Manuel Albares, que chamou a embaixadora a Madrid “para consultas”. A decisão surge em resposta a acusações de antissemitismo e a uma retórica hostil por parte do Governo israelita.
As ministras afetadas são Yolanda Díaz, ministra do Trabalho e uma das vice-primeiras-ministro, e Sira Rego, ministra da Juventude. Ambas pertencem ao partido Somar, que integra a coligação governamental com os socialistas de Pedro Sánchez. Sira Rego, filha de um palestiniano, tem sido uma voz ativa em defesa dos direitos palestinianos, o que gerou tensões com o Governo israelita.
O ministro dos Negócios Estrangeiros de Israel, Gideon Saar, acusou Espanha de “antissemitismo institucionalizado” e criticou o Governo de Pedro Sánchez por desviar a atenção de escândalos internos através de ataques a Israel. Saar afirmou que a liderança de Díaz está a explorar a fragilidade política de Sánchez, promovendo uma agenda anti-Israel.
A proibição de entrada das ministras espanholas foi anunciada após Sánchez ter revelado um conjunto de medidas para abordar a situação em Gaza, incluindo um embargo ao comércio de armas com Israel e um reforço do apoio à Autoridade Palestiniana. O primeiro-ministro espanhol pretende travar o que considera ser um genocídio em Gaza e apoiar a população palestiniana.
As reações em Espanha têm sido diversas. Enquanto alguns dirigentes do Somar consideram as medidas anunciadas insuficientes, outros defendem a retirada da embaixadora como um passo necessário. A guerra em Gaza, que teve início com um ataque do Hamas a Israel em outubro de 2023, resultou em milhares de mortos, tanto israelitas como palestinianos, e gerou uma crise humanitária sem precedentes na região.
Esta situação tensa entre Espanha e Israel reflete não apenas as complexidades das relações internacionais, mas também as divisões internas na política espanhola sobre como lidar com o conflito israelo-palestiniano. A retirada da embaixadora é um sinal claro da crescente frustração de Madrid com as ações de Telavive.
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Fonte: ECO