O Monte dei Paschi (MPS) conseguiu assegurar 62% do capital do Mediobanca, um movimento que poderá levar à saída do CEO Alberto Nagel, que ocupa o cargo desde 2008. Esta mudança poderá ser oficializada na reunião marcada para 18 de setembro, conforme avançou a Reuters.
A operação de aquisição do Mediobanca envolveu a venda de mais de 50% das ações do banco por parte dos investidores, numa oferta pública de aquisição (OPA) não solicitada pelo Monte dei Paschi. Este passo é significativo, uma vez que a participação do MPS pode ainda aumentar. A oferta, que se encerrou no final da sessão de segunda-feira, será reaberta entre 16 e 22 de setembro, permitindo ao Monte Paschi adquirir as ações restantes.
Luigi Lovaglio, CEO do Monte dei Paschi, expressou o desejo de elevar a participação do banco a dois terços, o que poderia proporcionar maior controlo sobre o Mediobanca. A nova janela de oferta permitirá ao MPS aproximar-se dessa meta ambiciosa.
António Horta Osório, banqueiro português e até agora consultor sénior da administração do Mediobanca, poderá também ver a sua posição afetada por estas mudanças. A reestruturação no Mediobanca, impulsionada pela entrada do Monte dei Paschi, poderá trazer novas dinâmicas ao setor bancário italiano.
Com a saída de Nagel, o Mediobanca poderá iniciar um novo capítulo na sua gestão, o que levanta questões sobre o futuro da instituição e as suas estratégias no mercado. Este movimento é um reflexo das constantes mudanças no panorama bancário europeu, onde fusões e aquisições têm sido cada vez mais frequentes.
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Monte dei Paschi Nota: análise relacionada com Monte dei Paschi.
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Fonte: Sapo