Presidente do Quénia critica sistema financeiro internacional

O Presidente do Quénia, William Ruto, afirmou que a atual arquitetura do sistema financeiro internacional se transformou numa “nova forma de colonialismo”. Durante um evento à margem da segunda Cimeira Africana sobre o Clima, que decorre em Adis Abeba, Ruto destacou que os países em desenvolvimento estão a ser penalizados com taxas de juro elevadas, enquanto os países mais ricos beneficiam de juros mais baixos.

Ruto sublinhou que esta situação gera uma injustiça que aprisiona os países em desenvolvimento em ciclos de dívida e dependência. “Negam-lhes os recursos necessários para investir no crescimento, nas oportunidades e na dignidade do seu povo”, afirmou. O líder queniano não hesitou em expressar a sua determinação em exigir uma reforma do sistema financeiro, que considera “injusto” e prejudicial para as nações em desenvolvimento.

“É tempo de estabelecer uma ordem financeira justa e equitativa que reconheça as aspirações de todas as nações e permita que cada país prospere”, declarou Ruto. A necessidade de reformulação do sistema financeiro tem sido uma questão defendida por vários líderes africanos e pela Organização das Nações Unidas (ONU) nos últimos anos. As propostas incluem a realocação dos Direitos Especiais de Saque do Fundo Monetário Internacional e a redução ou perdão da dívida dos países africanos em dificuldades.

A cimeira, coorganizada pela União Africana e pelo Governo etíope, reúne líderes africanos que buscam uma posição comum para enfrentar a crise climática. O tema central do encontro é “Acelerar as soluções climáticas globais: financiar o desenvolvimento resiliente e verde de África”. Ruto e outros líderes esperam que esta plataforma ajude a impulsionar soluções eficazes em fóruns internacionais, como a ONU e o G20.

A crítica de Ruto ao sistema financeiro internacional reflete uma preocupação crescente entre os países em desenvolvimento, que sentem que as suas vozes e necessidades estão a ser ignoradas. A luta por um sistema financeiro mais justo é, portanto, uma questão central para o futuro económico de África.

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Fonte: ECO

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