Ações da Mota-Engil caem 14% após ataque de fundo especulativo

As ações da Mota-Engil têm enfrentado uma pressão significativa no mercado, com uma queda superior a 14% em apenas duas sessões. O fundo britânico Marshall Wace decidiu reforçar a sua posição curta na construtora, que já era uma das mais vulneráveis a ataques de hedge funds. Após um aumento de mais de 9% no início da semana, as ações da Mota-Engil desvalorizaram drasticamente, caindo 11,6% para 4,93 euros na última sessão e, posteriormente, mais 3% para 4,78 euros.

Esta descida acentuada ocorre após a Mota-Engil ter anunciado a vitória num concurso para a construção e gestão do primeiro túnel imerso do Brasil, um projeto considerado uma das maiores obras de infraestrutura do Governo de Lula da Silva. Apesar do otimismo inicial, a pressão vinda do fundo Marshall Wace, que comunicou uma posição curta de 0,6% no capital da empresa, tem gerado incertezas no mercado.

Além do Marshall Wace, outros fundos especulativos, como a Muddy Waters, também têm apostado contra a Mota-Engil, com uma posição curta de 0,57%. A Mota-Engil, no entanto, tem mostrado resiliência, apresentando um desempenho positivo em 2025, com um aumento de 65% nas suas ações, após uma desvalorização de mais de 26% no ano anterior.

No primeiro semestre de 2025, a Mota-Engil reportou um resultado líquido de 59 milhões de euros, um aumento de 20% comparado ao mesmo período do ano anterior. A empresa também viu a sua carteira de encomendas crescer para 14,7 mil milhões de euros, excluindo contratos assinados após junho. Recentemente, a empresa anunciou que venceu um leilão para a construção do túnel que ligará Santos e Guarujá, num contrato de 30 anos avaliado em cerca de 1,1 mil milhões de euros.

Leia também  Linha de crédito de 100 milhões para projetos do PDR 2020

Carlos Mota dos Santos, CEO da Mota-Engil, expressou a sua confiança na capacidade das empresas portuguesas em liderar projetos de grande escala, destacando a excelência da engenharia nacional. “Se a engenharia portuguesa é reconhecida como sendo de excelência lá fora, porque não colocar esse know-how ao serviço de Portugal?”, questionou o empresário durante a assinatura do contrato de concessão da linha ferroviária de Alta Velocidade entre Porto e Oiã.

Leia também: A evolução da Mota-Engil no mercado e os desafios futuros.

Leia também: Montenegro e Trump discutem relações entre Portugal e EUA

Fonte: ECO

Não percas as principais notícias e dicas de Poupança

Não enviamos spam! Leia a nossa política de privacidade para mais informações.

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Back To Top