A Albânia deu um passo inovador ao apresentar Diella, a primeira ministra virtual do país, desenvolvida através de inteligência artificial (IA). O anúncio foi feito pelo primeiro-ministro Edi Rama durante uma assembleia do Partido Socialista, em Tirana. O nome Diella, que significa “raio de sol” em albanês, reflete a esperança de um governo mais transparente e eficiente.
Diella será responsável por todo o processo de contratação pública, com a promessa de garantir que as decisões deixem de ser tomadas apenas pelos ministérios. “Ela será a servidora dos concursos públicos”, afirmou Rama, destacando que a nova ministra virtual irá operar através da plataforma e-Albania, já utilizada pelos cidadãos para aceder a serviços governamentais online.
O primeiro-ministro sublinhou que a principal missão de Diella é assegurar uma total transparência nos contratos públicos. “A Albânia será um país onde os concursos públicos são 100% incorruptíveis e onde cada fundo é 100% legível. Isto não é ficção científica, é o dever de Diella”, garantiu Rama. A introdução desta ministra virtual é parte de uma estratégia mais ampla para combater a corrupção, um dos maiores desafios que o país enfrenta.
Apesar de algumas melhorias nos últimos anos, a Albânia ainda é vista como um país com altos níveis de corrupção, especialmente no setor público. No Índice de Perceção de Corrupção de 2024, da Transparência Internacional, o país obteve 42 pontos em 100, ocupando o 80.º lugar entre 180 países. Esta classificação revela uma desconfiança significativa em relação à integridade das instituições estatais.
A nova ministra virtual não só terá a responsabilidade de gerir os concursos públicos, mas também o direito de contratar talentos de qualquer parte do mundo, quebrando preconceitos e rigidez na administração. “Isto não é ficção científica, mas sim o dever da Diella”, reiterou o primeiro-ministro, enfatizando a importância desta inovação para a modernização do governo albanês.
Com a introdução de Diella, a Albânia espera dar um salto qualitativo na sua administração pública, promovendo um ambiente mais transparente e eficiente. Esta iniciativa pode servir de exemplo para outros países que enfrentam problemas semelhantes. Leia também: A evolução da inteligência artificial na administração pública.
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Fonte: ECO