Cavaco Silva defende interesses nacionais no contexto europeu

Aníbal Cavaco Silva, ex-Presidente da República, participou hoje na conferência ‘Portugal’s Position in a Changing Global Order’, realizada no Auditório Jerónimo Martins da Nova School of Business and Economics. Este evento, organizado pelo Financial Times em parceria com a Tabaqueira, abordou os riscos e oportunidades que a fragmentação geopolítica e o protecionismo trazem para Portugal.

Cavaco Silva sublinhou que a integração europeia é fundamental para o desenvolvimento económico e social do país. “Não é possível compreender o Portugal contemporâneo sem reconhecer o carácter estruturante da integração europeia. Contudo, Portugal sempre procurou colocar a defesa dos interesses nacionais no quadro do interesse comunitário”, afirmou. O ex-Presidente enfatizou que essa defesa não deve ser egoísta, mas sim orientada para o fortalecimento da União Europeia, da qual Portugal é membro há 40 anos.

O antigo líder português destacou que a posição internacional de Portugal deve estar alinhada com o aumento do poder global da União Europeia, especialmente em relação aos Estados Unidos e à China. Para isso, é crucial que o governo português implemente reformas estruturais que aumentem a produção interna, a produtividade e a competitividade externa. “O aumento da dimensão média das empresas é uma variável de grande importância”, acrescentou.

Cavaco Silva também defendeu a necessidade de reforçar a Zona Euro, o núcleo duro da União Europeia. “É urgente completar a arquitetura da União Económica e Monetária, aprofundando e integrando os mercados de capitais dos Estados-membros”, disse, sublinhando a importância de aumentar a liquidez de ativos financeiros sem risco.

Além disso, o ex-Presidente destacou a importância do investimento em inovação e tecnologias digitais, assim como o apoio às indústrias do futuro. “É fundamental promover uma união europeia da energia que reduza os custos energéticos para empresas e cidadãos”, afirmou.

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Cavaco Silva criticou a visão da Administração norte-americana sobre o comércio internacional, que considera um jogo de soma nula. Para ele, a Europa deve continuar a defender o livre comércio como um benefício mútuo.

O ex-Presidente também abordou questões sociais, como o combate às alterações climáticas e a proteção da dignidade humana. “Portugal, no quadro da União Europeia, deve reforçar a sua posição internacional, promovendo o respeito pelos direitos humanos e a solução para o conflito no Médio Oriente”, concluiu.

Este encontro reuniu líderes de diversas áreas para discutir como Portugal pode aumentar a sua atratividade como destino de inovação e investimento, conciliando sustentabilidade e crescimento económico. A sessão de encerramento será liderada pelo Ministro de Estado e das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento.

Leia também: O impacto da inovação no crescimento económico em Portugal.

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Fonte: Sapo

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