A marca de moda de luxo Giorgio Armani, que ficou conhecida pelo seu fundador, Giorgio Armani, falecido a 4 de setembro de 2025, está a preparar-se para uma venda significativa. De acordo com o testamento do estilista, divulgado recentemente, a fundação que herdará a sua empresa de luxo deverá vender 15% do capital da marca a um grande grupo de moda nos próximos 18 meses. Este movimento pode ser o primeiro passo para uma venda maior, que poderá ocorrer dentro de três anos.
Giorgio Armani deixou instruções claras sobre o futuro da marca que construiu ao longo de cinco décadas. Os herdeiros foram orientados a procurar um dos três potenciais compradores: LVMH Moet Hennessy Louis Vuitton SE, EssilorLuxottica SA ou L’Oréal SA. A venda de uma participação inicial de 15% da Giorgio Armani SpA poderá abrir portas para um envolvimento maior do comprador no futuro.
Os analistas da Berenberg consideram que a LVMH é a opção mais estratégica para a marca, dado o seu histórico de investimento a longo prazo e a sua abordagem paciente. A empresa de moda, que tem um valor estimado entre cinco e sete mil milhões de euros, poderá enfrentar um novo desafio, uma vez que o setor do luxo está a atravessar um período de incerteza, com questões como tarifas e instabilidade geopolítica a afetarem a confiança dos consumidores.
Apesar de ter ponderado a possibilidade de se juntar a um grande grupo, Armani sempre optou pela independência, embora tenha estabelecido parcerias com empresas como a EssilorLuxottica e a L’Oréal. A fundação da Armani, que inclui membros da família e o sócio Leo Dell’Orco, terá um papel fundamental na decisão sobre o futuro da marca. Dell’Orco, descrito como o “braço direito” de Armani, será uma figura chave neste processo de venda.
A venda da Armani a um grande grupo de moda poderá ser uma resposta à tendência crescente de empresas de luxo a saírem das mãos dos seus fundadores e a serem adquiridas por investidores institucionais. O mercado de luxo tem-se concentrado em grandes conglomerados, como a LVMH e a Kering SA, proprietária da Gucci.
Armani, que sempre se mostrou confiante no valor da sua marca, tem uma faturação anual de cerca de 2,3 mil milhões de euros. Em entrevistas anteriores, ele já havia indicado que caberia aos seus herdeiros avaliar as oportunidades que surgissem no futuro. A independência da marca pode ainda agregar valor, mas o estilista acreditava que a capacidade de adaptação era fundamental para o sucesso.
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Fonte: ECO