Desde a infância, somos incentivados a buscar a felicidade. Pais, avós e amigos desejam que sejamos felizes, especialmente em momentos marcantes como casamentos ou mudanças de vida. Contudo, a definição de felicidade pode ser complexa. Como a medimos? É um sentimento diário ou um balanço anual? E como se sente a população de um país em relação à sua felicidade?
Para responder a estas questões, surgiu em 2012 o Relatório Mundial da Felicidade. Este relatório, que analisa dados de mais de 140 países, é fruto do trabalho de investigadores de várias áreas, como economia e psicologia. O objetivo não é apenas criar um ranking, mas também fornecer um guia para que os países melhorem o bem-estar dos seus cidadãos. Através deste relatório, pretende-se dar a todos “o conhecimento para criar mais felicidade para si e para os outros”.
O Butão desempenhou um papel crucial na promoção da felicidade a nível global. Em 2011, o país patrocinou uma resolução das Nações Unidas que incentivava os governos a priorizar a felicidade e o bem-estar no desenvolvimento social e económico. Esta abordagem holística culminou na declaração do Dia Internacional da Felicidade, celebrado a 20 de março.
Desde o início, a avaliação da felicidade revelou-se um desafio. Para alguns, a felicidade é sinónimo de bem-estar emocional, enquanto outros a avaliam com base na sua situação de vida. Os investigadores definem o bem-estar como um estado subjetivo, que reflete a qualidade de vida percebida. Fatores como riqueza, saúde e relações sociais são considerados positivos, mas como medir essa sensação?
Uma forma comum de avaliação é a escala de Hadley Cantril, que utiliza uma escada de 0 a 10 para representar a satisfação com a vida. O degrau 0 corresponde à pior vida possível, enquanto o 10 representa a melhor. Além disso, é possível focar em sentimentos momentâneos, perguntando se a pessoa sentiu prazer ou preocupação em determinado dia.
Outra abordagem é o eudemonismo, que questiona o sentido e o propósito da vida. Perguntas como “As coisas que faço valem a pena?” ajudam a avaliar a felicidade de uma forma mais profunda.
Assim, cada um de nós tem a sua própria forma de avaliar a felicidade. No entanto, ao juntar essas avaliações individuais, obtemos um retrato do bem-estar em cada país, que é o que o Relatório Mundial da Felicidade nos oferece.
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No próximo artigo, iremos explorar mais detalhadamente os resultados do relatório e o que eles significam para a nossa compreensão da felicidade.
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Fonte: Doutor Finanças