Cascais destaca-se no ensino privado e Castro Verde nos salários

Um novo estudo da Fundação Francisco Manuel dos Santos (FFMS), divulgado pela Pordata, revela um panorama das desigualdades em Portugal, a um mês das eleições autárquicas. O relatório analisa a evolução de diversos indicadores nos 308 municípios entre 2021 e 2024, destacando a crescente concentração populacional no litoral e o despovoamento em várias áreas do interior.

A análise mostra que a população continua a aumentar nas grandes áreas metropolitanas de Lisboa e Porto, enquanto muitos concelhos do interior enfrentam uma diminuição no número de habitantes. Castro Verde, por exemplo, é o município onde os trabalhadores por conta de outrem recebem os salários mais elevados do país, com uma média de 2.479 euros. Este dado ilustra as desigualdades em Portugal, onde o crescimento económico não é homogéneo.

Em termos de educação, Cascais sobressai, com 75,6% dos alunos do primeiro ciclo a frequentar escolas privadas. Este fenómeno reflete uma tendência crescente de famílias a optarem pelo ensino privado, evidenciando ainda mais as desigualdades em Portugal. O concelho de Cascais, que já ultrapassou os 400 mil habitantes, apresenta um crescimento demográfico de 3,5% entre 2021 e 2024.

Por outro lado, a situação habitacional é igualmente preocupante. Em Lisboa, o preço médio por metro quadrado atinge os 3.826 euros, enquanto em Penedono, um dos concelhos mais acessíveis, o valor é de apenas 574 euros. Esta disparidade acentua as desigualdades em Portugal, uma vez que muitas famílias se veem obrigadas a deslocar-se para áreas mais afastadas em busca de habitação acessível.

O estudo também revela que 25,3% da população do país está concentrada em apenas 3% do território, destacando a desigualdade na distribuição populacional. Seis dos dez municípios mais populosos estão na Área Metropolitana de Lisboa, enquanto o interior do país continua a perder habitantes. Alcoutim, por exemplo, registou uma redução de 4,4% na população, refletindo a dificuldade que muitos concelhos enfrentam para atrair e reter residentes.

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Embora haja um crescimento em algumas áreas, como no Porto, que viu um aumento de 7,1% na população, a realidade de muitos concelhos do interior é alarmante. A falta de oportunidades de emprego e a escassez de serviços essenciais contribuem para o despovoamento, acentuando as desigualdades em Portugal.

Em suma, o estudo da Pordata revela um país dividido, onde o litoral prospera enquanto o interior enfrenta desafios significativos. As desigualdades em Portugal são uma questão que requer atenção urgente, especialmente à medida que se aproximam as eleições autárquicas.

Leia também: O impacto das desigualdades na economia portuguesa.

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Fonte: ECO

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