O empreendedorismo tem sido uma prioridade em Portugal, mas António Dias Martins, que recentemente deixou a direção da Startup Portugal, defende que é necessário um plano estratégico plurianual para potenciar este setor. Durante quatro anos à frente da organização, Martins trabalhou para reposicionar a Startup Portugal como um agente ativo e criativo no ecossistema empreendedor.
Com a nova liderança a assumir funções a partir de 15 de setembro, Martins faz um balanço positivo do seu mandato, destacando a criação de um conselho estratégico que reuniu 32 representantes do ecossistema. Este conselho permitiu desenvolver uma proposta concreta para uma “Estratégia Nacional para o Empreendedorismo”, garantindo um espaço dedicado ao empreendedorismo na estratégia económica do país.
Um dos marcos da sua gestão foi a promulgação da nova Lei das Startups em maio de 2023, que estabelece um enquadramento legal para startups e scaleups, além de um regime fiscal favorável para as stock options. Esta lei não só facilita a aplicação de incentivos, como também promove um ambiente mais favorável para a inovação.
Martins sublinha a importância das incubadoras, que foram revitalizadas para apoiar diretamente os empreendedores. A criação da Sim Conference e a participação de startups portuguesas na Web Summit também foram iniciativas significativas, com cerca de 125 startups a serem apoiadas anualmente no programa Road 2 Web Summit.
Embora tenha havido uma revisão do programa Business Abroad, que apoia a internacionalização das startups, Martins acredita que a Startup Portugal conseguiu manter um número elevado de startups apoiadas, mesmo com a redução de algumas missões internacionais. A expectativa é que, no futuro, o apoio possa ser reforçado.
A mudança na liderança da Startup Portugal ocorre num momento em que o Governo está a considerar uma nova lei para o setor. Martins afirma que a sua saída não está relacionada com esta discussão, mas sim com a confiança de que a nova direção continuará a trabalhar em prol do empreendedorismo.
O ex-diretor executivo defende que o empreendedorismo deve ser tratado como uma prioridade com um plano estratégico a longo prazo, permitindo uma abordagem mais eficaz às necessidades do setor. A colaboração com o Governo e a adaptação às estratégias europeias são vistas como essenciais para garantir a competitividade de Portugal no panorama europeu.
Leia também: O impacto das novas leis no ecossistema de startups em Portugal.
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Fonte: ECO





