China lidera comércio global e avança com tarifas de Trump

A China já se afirma como a principal potência comercial do mundo, superando os Estados Unidos na maioria das trocas comerciais. Este fenómeno é particularmente visível no Brasil, que se tornou o terceiro maior destino de investimentos chineses, apenas atrás da Europa. Em junho, as trocas comerciais da China ultrapassaram em 93 mil milhões de dólares as dos EUA, atingindo um total de 537 mil milhões de dólares.

As tarifas impostas pelos EUA têm contribuído para a crescente hegemonia comercial da China, que se consolidou em 2024. Desde o “Dia da Libertação”, estabelecido por Donald Trump a 2 de abril, as exportações e importações dos EUA diminuíram, enquanto a presença da China nos mercados internacionais aumentou. A participação da China no comércio global já é superior à dos EUA, e muitos analistas acreditam que as tarifas podem, paradoxalmente, reforçar ainda mais a posição da China.

No primeiro semestre deste ano, a China movimentou 3,04 biliões de dólares, um aumento de 1,7% em relação ao ano anterior. Em contrapartida, as trocas comerciais dos EUA totalizaram 2,92 biliões de dólares, com um crescimento de 10,2%. Este aumento nas exportações norte-americanas resulta, em parte, de uma corrida dos importadores para evitar as tarifas anunciadas, levando a um crescimento que não reflete a economia real.

Desde o “Dia da Libertação”, a corrente comercial dos EUA tem vindo a decrescer. De janeiro a março, as trocas comerciais dos EUA estavam acima dos 530 mil milhões de dólares mensais, mas em abril caíram para 469,5 mil milhões e, em junho, para 444 mil milhões, enquanto a China continuou a crescer. A estabilidade da corrente comercial chinesa, mesmo com a ameaça das tarifas, demonstra a resiliência do seu mercado.

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A China tornou-se o principal parceiro comercial de mais de 120 países, incluindo grandes economias como Japão, Coreia do Sul e Brasil. De acordo com o FMI, cerca de 70% dos países já trocam mais com a China do que com os EUA. O Brasil, por sua vez, tem visto as empresas chinesas a expandirem os seus negócios, especialmente à medida que os EUA recuam.

O investimento direto chinês no Brasil aumentou 113% em 2024, com empresas a apostarem em setores como energia e veículos elétricos. A parceria entre os dois países está a ganhar força, com 39 projetos em desenvolvimento. A China representa atualmente 28% do valor total das exportações brasileiras e 41,4% do superávite comercial do Brasil, com produtos como soja, petróleo bruto e minério de ferro a dominarem as exportações.

Os economistas preveem que a economia chinesa continuará a crescer acima da média mundial, com um aumento robusto do PIB de 5,4% no primeiro semestre. Em contrapartida, a economia dos EUA deverá crescer apenas 1,9% este ano, refletindo os impactos da guerra tarifária iniciada por Trump.

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Fonte: Sapo

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