China acusa Filipinas de conluio no Mar da China Meridional

A China lançou hoje acusações contra as Filipinas, alegando que o país está a colaborar com “forças extra-regionais” para realizar patrulhas marítimas conjuntas. Esta situação surge num contexto de crescente tensão entre os dois países, com a China a criticar a divulgação de “reivindicações ilegais” de soberania marítima por parte das Filipinas, o que, segundo Pequim, mina a estabilidade regional.

O porta-voz do Comando do Teatro Sul do Exército Popular de Libertação da China, Tian Junli, alertou as Filipinas para que cessem imediatamente as suas ações provocatórias, que, segundo ele, aumentam as tensões no Mar da China Meridional. Tian sublinhou que as tentativas de perturbar a ordem naquela região estão “condenadas ao fracasso”.

Além disso, o porta-voz afirmou que as tropas do Comando do Teatro Sul estão em alerta máximo para proteger a soberania territorial e a segurança nacional da China, ao mesmo tempo que se comprometem a manter a paz e a estabilidade no Mar da China Meridional. A marinha chinesa também realizou patrulhas de rotina na região nos dias 12 e 13, conforme reportado.

Essas manobras coincidem com uma intensificação da atividade naval da China no Pacífico. No último sábado, a imprensa estatal chinesa anunciou que o porta-aviões Fujian, o terceiro do país, atravessou o estreito de Taiwan em direção ao Mar da China Meridional para realizar testes e exercícios. Especialistas em defesa em Taipé alertaram que a entrada em serviço do Fujian permitirá à China operar permanentemente três grupos de combate de porta-aviões, aumentando a pressão sobre Taiwan e a projeção naval de Pequim em relação aos Estados Unidos.

No mesmo dia, a Guarda Costeira de Taiwan denunciou a presença de um navio da guarda costeira e de um barco de pesca chineses nas proximidades da ilha de Dongsha, controlada por Taiwan. Esta situação levou ao envio de patrulhas para expulsar as embarcações chinesas. Taipé classificou estas incursões como “táticas na zona cinzenta” e comprometeu-se a manter a vigilância na área.

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A China considera o estreito de Taiwan como parte das suas águas territoriais, enquanto Taipé, Washington e outros aliados o veem como uma via marítima internacional. O trânsito de navios de guerra por esta zona costuma aumentar a tensão entre as duas margens, especialmente num contexto de crescente mobilização militar de Pequim em torno da ilha.

O Mar da China Meridional, para onde se dirige o porta-aviões, é um ponto de discórdia, uma vez que a China reivindica a maior parte deste espaço marítimo, que também é disputado por países como as Filipinas e o Vietname. Leia também: A crescente militarização no Mar da China Meridional.

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Fonte: Sapo

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