Flotilha humanitária adia partida de Tunes para Gaza

A Flotilha Global Sumud, que reúne embarcações com destino a Gaza, adiou a sua partida a partir da Tunísia, que estava prevista para este sábado. Os organizadores anunciaram que os navios zarparão hoje, domingo, para se juntarem em alto mar e navegarem juntos na maior missão marítima de ajuda humanitária para a região.

Este grupo de 18 embarcações partiu inicialmente de Itália e fez escala na Tunísia, onde se juntaram a delegações do Magrebe. A partida conjunta, no entanto, tem sido adiada por diversos motivos. Os organizadores referiram que os atrasos anteriores se devem a condições meteorológicas adversas e a problemas logísticos, mas não esclareceram os motivos deste novo adiamento.

Os navios que partiram da Sicília enfrentaram também atrasos, mas finalmente seguiram o seu caminho para se unirem às restantes embarcações em alto mar. Durante a sua estadia nos portos tunisinos, a flotilha enfrentou vários contratempos, incluindo dois ataques com drones a dois dos seus navios, o “Família”, de bandeira portuguesa, e o “Alma”, de bandeira britânica. As autoridades tunisinas classificaram o segundo ataque como “premeditado”, enquanto o primeiro foi considerado um incidente não hostil.

A flotilha é composta por ativistas de mais de quarenta nacionalidades, incluindo a ecologista sueca Greta Thunberg e os portugueses Mariana Mortágua, Sofia Aparício e Miguel Duarte. Estes navios transportam alimentos e medicamentos destinados à população de Gaza, com o objetivo de dar visibilidade à grave situação humanitária que se vive na região e de tentar desbloquear o cerco imposto por Israel.

A Flotilha Global Sumud, cujo nome significa resiliência em árabe, pretende realizar uma ação simbólica que chame a atenção para a crise humanitária na Faixa de Gaza. Desde 2007, a ofensiva israelita na região já causou mais de 64.600 mortos, seguindo-se ao ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023, que resultou em cerca de 1.200 mortos e 251 reféns.

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Fonte: Sapo

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