Entre os dias 8 e 10 de setembro, Israel lançou uma série de ataques aéreos que atingiram seis países no Médio Oriente, intensificando as tensões na região. Os bombardeamentos, que incluíram a Faixa de Gaza, resultaram em numerosas vítimas e condenações internacionais.
Na segunda-feira, 8 de setembro, a força aérea israelita realizou oito ataques no Líbano, especificamente nas áreas de Hermel e Labweh, causando a morte a pelo menos cinco pessoas e ferindo outras cinco. Israel justificou os ataques alegando que visavam depósitos de armas e instalações militares do Hezbollah. Contudo, estas ações foram vistas como uma violação do acordo de cessar-fogo estabelecido em novembro entre Israel e o Líbano, que exigia a retirada das forças israelitas de cinco postos fronteiriços.
Na mesma noite, a força aérea israelita lançou ataques em várias regiões da Síria, incluindo Homs, Latakia e Palmira. O governo sírio reagiu com indignação, considerando os ataques uma violação da sua soberania e um risco para a estabilidade regional. Israel não comentou imediatamente sobre os ataques, que se intensificaram após a queda do ex-presidente Bashar al-Assad.
No dia seguinte, 9 de setembro, Israel atacou a capital do Qatar, Doha, onde líderes do Hamas estavam reunidos para discutir uma proposta de cessar-fogo. Este ataque resultou na morte de seis pessoas, embora os principais líderes do Hamas tenham sobrevivido. Tiago André Lopes, professor de Relações Internacionais, destacou que este ataque foi particularmente significativo, pois demonstrou a oposição de Israel ao processo negocial em curso.
As repercussões foram rápidas. O Egito e os Emirados Árabes Unidos manifestaram a possibilidade de rever os seus acordos com Israel, enquanto a comunidade internacional, incluindo os EUA e a Alemanha, condenou os ataques. A Comissão Europeia, através de Ursula von der Leyen, anunciou a possibilidade de sanções. O Qatar, por sua vez, suspendeu temporariamente o seu papel de mediador no conflito entre o Hamas e Israel.
No dia 10 de setembro, os ataques israelitas continuaram, desta vez visando Sanaa, no Iémen, com alvos que incluíam o ministério da Defesa. Além disso, Israel atacou um navio de ajuda no porto de Sidi Bou Said, na Tunísia, provocando a indignação do governo tunisino.
Em apenas 72 horas, Israel violou a soberania de seis estados: Qatar, Iémen, Tunísia, Síria, Líbano e Palestina. Os ataques em Gaza resultaram na morte de pelo menos 150 pessoas e mais de 540 feridos. A escalada de violência levanta sérias preocupações sobre a estabilidade da região e o futuro do processo de paz.
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Fonte: Sapo