O novo primeiro-ministro francês, Sébastian Lecornu, decidiu não avançar com a proposta do seu antecessor, François Bayrou, que previa a eliminação de dois feriados. Esta medida tinha como objetivo ajudar a reduzir o défice do país, mas foi agora retirada por Lecornu, que confirmou a sua decisão numa entrevista a um jornal regional.
A proposta original de Bayrou, que acabou por sair do governo devido à falta de apoio parlamentar, gerou controvérsia e descontentamento entre os cidadãos. Lecornu, ao retirar a supressão dos feriados, parece querer sinalizar uma mudança de rumo na política económica do governo francês.
Além disso, o novo primeiro-ministro foi questionado sobre a introdução do imposto Zucman, que visa os cidadãos mais ricos. Esta proposta, que já tinha sido rejeitada pelo governo anterior, está a ser reavaliada por Lecornu, que enfatizou a importância de trabalhar na “questão da justiça fiscal”. Esta abordagem é crucial, especialmente numa altura em que a França enfrenta desafios económicos, como a recente descida do seu rating pela Fitch, atribuída a fatores como a instabilidade política e a elevada dívida pública.
Enquanto isso, os ratings de países como Portugal e Espanha foram melhorados por agências de rating como a Fitch e a Standard & Poor’s, o que contrasta com a situação francesa. A decisão de Lecornu de não cortar feriados poderá ser vista como uma tentativa de estabilizar a situação política e económica em França, ao mesmo tempo que se procura uma abordagem mais equilibrada em relação à fiscalidade.
A retirada da proposta de corte de feriados pode ser um sinal de que o novo governo está a ouvir as preocupações da população e a procurar alternativas que não comprometam o bem-estar dos cidadãos. A justiça fiscal e a estabilidade política são temas que, sem dúvida, continuarão a estar no centro das discussões em França nos próximos meses.
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feriados Nota: análise relacionada com feriados.
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Fonte: Sapo