O secretário de Estado do Vaticano, Pietro Parolin, abordou recentemente as “falsas expectativas” que surgiram em relação a possíveis mudanças na Igreja Católica. Em entrevista à agência Lusa, Parolin sublinhou que qualquer alteração deve respeitar a estrutura sacramental e hierárquica da Igreja, que é fundamental para a sua identidade.
O processo sinodal, iniciado pelo Papa Francisco, visa discutir a relação da Igreja com os leigos e explorar novas abordagens. No entanto, Parolin reconhece que este caminho pode ter gerado expectativas exageradas entre alguns setores, que desejam uma Igreja mais mundana. “Na minha opinião, as mudanças devem estar sempre alinhadas com a tradição da Igreja”, afirmou o cardeal, referindo que é preciso ter uma visão realista sobre as transformações que podem ocorrer.
Parolin destacou que, embora existam mudanças estruturais possíveis, não se pode alterar a essência da Igreja. “Esta é a Igreja que Jesus Cristo instituiu e que nos foi transmitida ao longo dos séculos”, disse, enfatizando a importância da unidade pastoral com o Papa. O secretário de Estado também mencionou a diversidade atual da Igreja, que se reflete nas diferentes culturas e línguas, tornando a comunicação da sua unidade mais complexa.
“Na Igreja devemos estar unidos nas questões fundamentais”, reiterou Parolin, referindo-se às verdades da fé, que não estão em discussão. Contudo, ele reconhece que existem áreas onde há espaço para liberdade e escolhas individuais, embora não tenha especificado quais.
Relativamente ao processo sinodal, Parolin expressou confiança de que o novo Papa, Leão XIV, dará continuidade aos objetivos estabelecidos, que incluem a participação de todos os batizados na missão da Igreja. Esta participação implica uma maior inclusão dos leigos nos organismos internos da Igreja, o que poderá ter repercussões significativas a nível intra-eclesial.
“Leia também: O futuro da Igreja Católica e o papel dos leigos”.
mudanças na Igreja mudanças na Igreja mudanças na Igreja mudanças na Igreja Nota: análise relacionada com mudanças na Igreja.
Leia também: Estratégia Europeia de Defesa: 150 mil milhões para armamento
Fonte: Sapo
