Na sua recente intervenção, o candidato presidencial Marques Mendes destacou a necessidade de combater a crescente “moda” do radicalismo em Portugal. Durante um almoço promovido pelo International Club of Portugal, em Lisboa, o antigo ministro social-democrata sublinhou que a moderação e o espírito de compromisso são fundamentais para o futuro do país.
Marques Mendes expressou a sua preocupação com a atual conjuntura política, afirmando que o radicalismo, tanto a nível nacional como internacional, não é o que Portugal precisa. “O país não precisa de mais radicalismo”, afirmou, enfatizando que é essencial promover a tolerância, o equilíbrio e o bom senso. O candidato prometeu que, se eleito, se dedicará a um “projeto de transformação do Estado e da sociedade”.
Para Marques Mendes, o papel do Presidente da República deve ser o de fomentar pontes e entendimentos entre diferentes partes da sociedade. Um dos pontos que destacou foi a necessidade de cuidar da justiça económica, uma área que considera crítica. “Os cidadãos e as empresas sabem que é uma calamidade. São anos à espera de uma decisão. Isto é tudo o contrário do que é justiça”, lamentou, criticando a atuação dos governos socialistas e do anterior governo de Montenegro nesta área.
Além da justiça económica, o candidato alertou para a importância da fiscalização do Estado. “O Estado tem falhado, especialmente na fiscalização. Preocupa-se em construir e investir, mas não fiscaliza adequadamente, nem a obra pública nem outros setores”, disse. Marques Mendes classificou a fiscalização como “o parente pobre da missão do Estado” e defendeu que não pode continuar a ser negligenciada.
O ex-presidente do PSD recordou tragédias passadas, como a queda da ponte em Entre-os-Rios e os incêndios de Pedrógão Grande, para ilustrar a urgência de um reforço na fiscalização. “Parece que só nos lembramos da fiscalização quando ocorre uma tragédia. Não podemos continuar nesta linha”, sublinhou.
Se for eleito, Marques Mendes comprometeu-se a promover um debate sobre a importância da fiscalização e a necessidade de reforçar o papel do Estado nesta área. “É fundamental que o Estado assuma a sua responsabilidade e invista na fiscalização”, concluiu.
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Fonte: ECO