O Abanca, banco galego que recentemente adquiriu o Eurobic, anunciou um plano que prevê a saída de 60 trabalhadores da sua área comercial e o encerramento de 24 balcões em Portugal. Esta decisão surge na sequência da proximidade geográfica entre as agências, conforme revelaram os sindicatos do setor após uma reunião realizada na segunda-feira.
As saídas dos trabalhadores serão realizadas através de rescisões por mútuo acordo, com a possibilidade de dez vagas destinadas a saídas por pré-reforma. Os sindicatos envolvidos, como o Mais Sindicato, o Sindicato dos Bancários do Norte e o Sindicato dos Bancários do Centro, estão a aconselhar os trabalhadores a informarem-se junto dos seus serviços jurídicos antes de tomarem qualquer decisão.
Os colaboradores que optarem pelas rescisões por mútuo acordo terão direito a um subsídio de desemprego e a uma indemnização correspondente a 1,5 salários por cada ano de antiguidade. Além disso, poderão beneficiar de um seguro de saúde durante 12 meses e de apoio na procura de um novo emprego. Por outro lado, as pré-reformas são destinadas a trabalhadores com 60 anos ou mais, que poderão suspender o trabalho até à idade legal de reforma, recebendo 60% do seu salário durante esse período.
A aquisição do Eurobic pelo Abanca, que foi concretizada no verão do ano passado, envolveu um investimento de cerca de 350 milhões de euros e ocorreu após o escândalo conhecido como Luanda Leaks, que emergiu em 2020. No final do ano passado, o Eurobic contava com 1.467 trabalhadores, dos quais 879 estavam na área comercial, distribuídos por 165 balcões. O Abanca, por sua vez, empregava quase 400 pessoas em Portugal.
Em termos financeiros, o Abanca reportou lucros de 427,1 milhões de euros no primeiro semestre de 2023, o que representa um aumento de 4% em comparação com o mesmo período do ano anterior. Esta performance positiva poderá influenciar as decisões futuras da instituição em relação ao seu crescimento e à integração do Eurobic.
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Abanca Nota: análise relacionada com Abanca.
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Fonte: ECO
