André Ventura, presidente do Chega, confirmou a sua candidatura à Presidência da República, numa declaração ao Observador. O político justificou a sua decisão, afirmando que “o espaço de luta contra a corrupção e contra a imigração descontrolada não podia ficar sem candidato”. A comunicação oficial será feita esta terça-feira, às 17h, na sede do Chega, em Lisboa.
Esta será a segunda vez que André Ventura se apresenta a Belém, após ter obtido o terceiro lugar nas eleições de 2021, com 11,90% dos votos. Agora, o líder do Chega entra na corrida como líder da oposição, com a ambição de alcançar uma possível segunda volta nas eleições presidenciais.
Na última reunião do Conselho Nacional do partido, Ventura expressou inicialmente a sua relutância em candidatar-se, mas deixou claro que estaria disponível caso os conselheiros assim o desejassem: “Se quiserem e entenderem que devo ir, aqui estarei. Se entenderem que não devo ir, aqui estarei. E se entenderem que outro ou outra deve ir, aqui estarei”.
O presidente do Chega reconheceu que o partido não pode “fugir” do sufrágio presidencial e que o objetivo deve ser ter um candidato forte. “O que importa é a causa, mas a causa precisa de força. Eu acho que o meu vizinho do segundo andar é um bom candidato, mas não devemos dar aos portugueses candidaturas vazias, sem significado e sem impacto”, sublinhou Ventura.
Atualmente, o Chega é o segundo partido com maior representação parlamentar, com 22,76% dos votos, o que coloca André Ventura numa posição mais forte em relação a 2021. Recentemente, um barómetro da Aximage para o Diário de Notícias revelou que o Chega lidera as intenções de voto para eventuais legislativas, com 26,8%, ultrapassando Luís Montenegro e José Luís Carneiro.
Na corrida a Belém, Ventura enfrenta outros candidatos como Henrique Gouveia e Melo, Luís Marques Mendes (PSD), António José Seguro (PS), João Cotrim Figueiredo (IL), António Filipe (PCP) e Catarina Martins (BE). Joana Amaral Dias (ADN) e André Pestana, do Sindicato para Todos os Profissionais da Educação (STOP), também se juntam à lista de candidatos, com as eleições marcadas para 18 de janeiro.
Leia também: O impacto das eleições presidenciais na economia portuguesa.
André Ventura André Ventura Nota: análise relacionada com André Ventura.
Leia também: Incidentes de cibersegurança aumentam 36% em 2024
Fonte: ECO
