O ex-presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, solicitou ao juiz Alexandre de Moraes a autorização para receber seis políticos em sua residência, onde se encontra em prisão domiciliária. Este pedido surge uma semana após a sua condenação pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 27 anos e 3 meses de prisão, devido à tentativa de golpe de Estado em 2022.
De acordo com o jornal ‘Folha de São Paulo’, a lista de visitantes inclui Valdemar Costa Neto, presidente do Partido Liberal (PL), e líderes do PL na Câmara, como Sóstenes Cavalcante, além do senador Rogério Marinho e do deputado Rodrigo Valadares, que está a par do projeto de lei de amnistia na Comissão de Constituição e Justiça.
Os advogados de Bolsonaro também informaram ao STF que o ex-presidente pretende continuar a receber um grupo de oração às quartas-feiras, coordenado pela pastora Ezenete Rodrigues, com a participação de cerca de 15 pessoas, incluindo o deputado liberal distrital Thiago Manzon. Na petição, o advogado Celso Vilardi destacou que este grupo já se reunia na casa de Bolsonaro antes da imposição das medidas cautelares, e que a continuidade destes encontros é importante para a rotina familiar.
Desde que a prisão domiciliária foi decretada a 4 de agosto, Bolsonaro tem recebido visitas, mas todas precisam da autorização de Moraes. Os encontros ocorrem de segunda a sexta-feira, um por dia, e é proibido o uso de telemóveis. Além disso, Moraes determinou que todos os visitantes e os seus veículos sejam revistados ao entrar e sair da casa do ex-presidente.
No pedido de autorização, a defesa de Bolsonaro argumentou que as visitas são essenciais para a manutenção de “tratativas” institucionais com os parlamentares, especialmente no que diz respeito à definição de estratégias e acompanhamento de pautas relevantes para o partido e a representação popular. A defesa sublinhou que a autorização solicitada é compatível com o controle judicial sobre a medida cautelar imposta, ao mesmo tempo que garante condições mínimas para a atuação política de Bolsonaro, mesmo em prisão domiciliária.
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, considerado por muitos como o futuro representante do bolsonarismo, também pediu ao STF para visitar o ex-presidente. Inicialmente, Tarcísio planeava viajar a Brasília, mas acabou por adiar a viagem. Analistas sugerem que o grupo ligado a Bolsonaro poderá estar a considerar uma tentativa de pedir uma amnistia, embora essa possibilidade pareça, por agora, distante do apoio político necessário por parte de Inácio Lula da Silva.
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Fonte: Sapo