Pedro Gomes Santos, CEO da Inetum Portugal, afirmou que o contrato com a empresa Spinumviva foi um “serviço pontual” no valor de 7.500 euros, prestado em dezembro de 2020. Este serviço consistiu numa assessoria relacionada com o Regulamento Geral da Proteção de Dados (RGPD). O pagamento foi realizado em janeiro do ano seguinte e referiu que a prestação foi feita a uma das empresas do grupo Inetum.
Durante uma entrevista ao ECO, Gomes Santos explicou que, quando a Inetum apareceu na lista de clientes da Spinumviva, pediu imediatamente mais informações sobre o contrato. A empresa foi mencionada na véspera de um debate televisivo entre Luís Montenegro e Pedro Nuno Santos, no contexto das eleições legislativas. Na altura, foi noticiado que a Inetum tinha assinado 40 contratos com entidades do Estado central, totalizando cerca de 39,3 milhões de euros, sendo a maior parte deste valor proveniente de um contrato com o Instituto de Gestão Financeira e Equipamentos da Justiça (IGFEJ) para licenciamento de software, no valor de aproximadamente 26,9 milhões de euros.
O CEO da Inetum Portugal esclareceu que as datas do contrato com o IGFEJ e a divulgação das notícias foram meras coincidências. Segundo ele, a renovação de licenças de software é um processo cíclico e, por isso, coincidiu com a publicação das notícias. “Este ano, houve alguns contratos grandes com o setor público, devido a renovações de licenças. Um deles foi o do IGFEJ, que renovou o contrato de licença de Microsoft para toda a Justiça”, explicou Gomes Santos.
O líder da Inetum destacou que a empresa conquista contratos públicos sem qualquer tipo de favorecimento. “Estamos novamente a trabalhar com o setor público na venda de licenças de Microsoft e nada mudou, quer neste Governo quer no anterior. A Inetum Portugal sempre atuou como parceira de empresas como IBM, HP ou Microsoft, que não fazem vendas diretas”, afirmou. Ele sublinhou que a empresa participa em concursos públicos e vence com base nas suas competências.
Gomes Santos também mencionou que a Iecisa, adquirida pela Inetum em 2021, tem uma longa história de colaboração com o Estado, tendo trabalhado com entidades públicas há mais de 20 anos. O serviço temporário prestado pela Spinumviva foi, na verdade, um apoio ao RGPD para a antiga Roff, antes da sua integração no grupo francês.
“Estou habituado a este tipo de notícias, que muitas vezes criam ruído sem fundamento. Fazemos revenda de licenças há mais de 10 anos, e nada mudou desde a aquisição da Iecisa”, concluiu o CEO, que antes de liderar a Inetum em Portugal, esteve à frente da operação da empresa no Peru e na Colômbia.
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Inetum Portugal Inetum Portugal Nota: análise relacionada com Inetum Portugal.
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Fonte: ECO
