A Carris, empresa responsável pelo transporte público em Lisboa, anunciou uma significativa redução nos custos de manutenção da sua infraestrutura elétrica. De acordo com informações divulgadas, os custos reais relacionados à manutenção do “modo elétrico” caíram 28% entre 2021 e 2024, mesmo considerando a inflação que se fez sentir a partir de 2022. Este ajuste revela uma diminuição nos custos da infraestrutura, enquanto os gastos com a frota registaram uma descida de 9,3%.
Esta informação surge na sequência de um acidente ocorrido no elevador da Glória, a 3 de setembro, que levou o presidente da Câmara de Lisboa a afirmar que os custos de manutenção da Carris aumentaram 30% durante o seu mandato. No entanto, o Diário de Notícias, que avançou com a notícia, indica que, em termos reais, os custos de manutenção da infraestrutura elétrica, que inclui os elevadores, diminuíram.
A Carris, sob a tutela do município de Lisboa, rejeitou as alegações de um desinvestimento na manutenção dos seus serviços. Em comunicado, a empresa afirmou que “qualquer insinuação de desinvestimento na manutenção é falsa”. Este esclarecimento surge após a divulgação dos dados que apontam para a queda de 28% nos custos de manutenção da infraestrutura elétrica.
Além disso, a Carris revelou que os custos totais das atividades de manutenção ultrapassaram os 24,6 milhões de euros no último ano, o que representa um aumento de 32,7% em comparação com 2020. A empresa também destacou que o total investido em manutenção e melhorias subiu 59% no mesmo período, atingindo os 45,3 milhões de euros. Contudo, a Carris não fez referência ao impacto da inflação nos seus gastos.
A situação levanta questões sobre a gestão dos recursos da Carris e a forma como a empresa está a lidar com os desafios financeiros. A redução dos custos de manutenção, embora positiva, deve ser analisada em conjunto com o aumento significativo dos investimentos. É importante que a Carris continue a assegurar a qualidade dos seus serviços, especialmente num contexto em que a segurança dos utentes é prioritária.
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Fonte: Sapo
