Os custos salariais suportados pelas empresas em Portugal registaram um aumento de 5,3% no segundo trimestre de 2023, em comparação com o mesmo período do ano anterior. Segundo dados divulgados pelo Eurostat, este crescimento é superior à média da União Europeia, que se fixou em 4,1%, e à da Zona Euro, que foi de 3,7%.
Os custos do trabalho são compostos por duas partes: os encargos salariais e outros encargos. No segundo trimestre, os encargos salariais na Zona Euro aumentaram 3,7% em termos homólogos, enquanto na União Europeia o crescimento foi de 4,1%. Em Portugal, os encargos salariais subiram 5,3%, enquanto os outros encargos aumentaram 5,1%. Estes números indicam que Portugal não só superou as médias da União Europeia como também da Zona Euro em ambos os indicadores.
Entre os Estados-membros da União Europeia, a Bulgária destacou-se com o maior aumento dos custos salariais, que subiram 13,4%. Seguiram-se a Hungria com 11,0%, a Roménia com 10,4%, a Estónia com 10,3% e a Grécia com 10,1%. Por outro lado, países como França, Dinamarca e Malta apresentaram os menores aumentos, com subidas de 1,4%, 1,5% e 1,9%, respetivamente.
Este cenário levanta questões sobre a competitividade das empresas portuguesas, que enfrentam custos salariais em ascensão. A situação pode levar a uma pressão adicional sobre as margens de lucro, especialmente em setores que dependem fortemente de mão-de-obra. Além disso, a tendência de aumento dos custos salariais pode influenciar as decisões de investimento e contratação das empresas.
Os dados revelam uma clara tendência de crescimento dos custos salariais em Portugal, o que pode ter implicações significativas para a economia nacional. À medida que as empresas se adaptam a este novo cenário, será crucial monitorizar como estas alterações afetam o mercado de trabalho e a economia em geral.
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Fonte: ECO