O ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, reafirmou a determinação do país em prosseguir com a ofensiva em Gaza, após uma noite marcada por intensos ataques aéreos na Cidade de Gaza e áreas circundantes. “Gaza está em chamas. As Forças de Defesa de Israel [IDF] estão a atacar com punho de ferro as infraestruturas terroristas”, declarou Katz.
Os ataques aéreos, que tiveram início na segunda-feira à noite, resultaram na morte de pelo menos quatro pessoas no sul da Cidade de Gaza e outras oito no norte, com mais de 40 feridos, segundo o jornal Filastin, ligado ao Hamas. As forças israelitas estão a utilizar helicópteros, drones e robôs armados, enquanto os seus tanques avançam lentamente em direção a uma invasão terrestre da capital.
Relatos indicam que os tanques israelitas estão a ganhar terreno em várias zonas, especialmente no noroeste da cidade, embora não esteja claro se já conseguiram cruzar os limites urbanos. O jornal Times Of Israel informou sobre os intensos ataques aéreos na região, enquanto o Haaretz reportou que milhares de pessoas estão a fugir de Gaza devido à escalada da violência.
Desde que Israel anunciou a intenção de invadir a Cidade de Gaza, os bombardeamentos têm aumentado, resultando em dezenas de mortes diárias e na destruição de infraestruturas essenciais. No último domingo, o Exército israelita demoliu pelo menos cinco torres de grande altura e, na segunda-feira, uma sexta torre foi igualmente destruída.
A situação humanitária em Gaza é alarmante. O Exército israelita declarou a cidade como uma “zona de combate perigosa” e recomendou que os residentes se deslocassem para uma nova “zona humanitária” perto de Jan Yunis, que já se encontra saturada de deslocados. Estima-se que ainda restem cerca de 650 mil pessoas na cidade, uma queda significativa em relação ao milhão que ali habitava em agosto.
Adicionalmente, uma comissão independente de investigação das Nações Unidas acusou Israel de ser responsável por um “genocídio” em Gaza, afirmando que a atual ofensiva, que já causou quase 65 mil mortes em menos de dois anos, visa “destruir os palestinianos da Faixa de Gaza como um grupo”. Especialistas citados pelo El Pais responsabilizam figuras como Netanyahu e Herzog por incitar a cometer este crime.
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Fonte: ECO
